Cidades

Cheques do procurador de Dourados garantiam negociata

Redação | 05/09/2010 12:48

Cheques do procurador jurídico do município de Dourados, Alziro Moreno, serviam como uma espécie de caução para garantir o pagamento do mensalão a vereadores da cidade. Uma gravação feita no dia 2 de junho deste ano revela que cheques de Alziro foram dados como garantia do pagamento de mesada ao presidente da Câmara, Sidlei Alves.

Alziro Moreno e Sidlei estão entre os presos na Operação Uragano, deflagrada semana passada pela PF (Polícia Federal), que aponta esquema de desvio de verbas e pagamento de propina na prefeitura do município.

A investigação da PF detalha o envolvimento do procurador nas ações que levaram à prisão do prefeito da cidade Ari Artuzi (PDT), que também está preso, empreiteiros, vereadores e funcionários da prefeitura.

Segundo a investigação, quando Alziro era secretário de Governo era responsável pelo pagamento de propina aos vereadores.

Esta função foi assumida por Eleandro Passaia, que denunciou o esquema.

Para provar as irregularidades, Passaia chegou a assumir a função de pagar a propina aos envolvidos no caso.

As negociatas foram gravadas por Passaia e todo material está com a PF.

As investigações da PF mostram o momento em que Alziro detalha que quando ele fazia os pagamentos das propinas o dinheiro era proveniente de empreiteira e do Hospital Evangélico.

Ao todo, 13 presos dos 29 mandados de prisão que tinham sido expedidos, já foram colocados em liberdade devido ao pedido de revogação: Paulo Ferreira do Nascimento, (assessor do prefeito), Thiago Vinícius Ribeiro (departamento de licitações), José Antonio Soares

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