Cidades

Cedidos, 140 servidores da Setas protestam por retorno

Marcio Breda | 07/12/2010 13:01

Servidores foram cedidos a Ceinfs e denunciam desvio de função

Servidores cedidos aos Ceinfs querem retorno à Setas. Foto: João Garrigó
Servidores cedidos aos Ceinfs querem retorno à Setas. Foto: João Garrigó

Cerca de 140 servidores da Secretaria de Trabalho e Assistência Social (Setas) que hoje são cedidos para prefeitura de Campo Grande protocolaram nesta terça-feira (7) documentos em que solicitam ao governo do Estado imediato retorno ao órgão de origem.

Cedidos para os Centros de Educação Infantil em fevereiro de 2007 durante processo de municipalização, os servidores denunciam desvios de função e diferenças na carga horária, já que colegas que atuam na Setas trabalham 6 horas, enquanto que o turno de trabalho nos Ceinfs é de 8 horas, sem compensação financeira.

Segundo a presidente do Sindsad (Sindicato dos Servidores Administrativos), Lilian Fernandes, caso o governo do Estado não atenda ao pedido de retorno protocolado por cada um dos 140 servidores, a categoria entrará com ações na Justiça.

“O governo do Estado não conversa e nem atende os servidores. Já a prefeitura, se quisesse, poderia ajudar a resolver uma parte dos problemas. A situação já se tornou cômoda, já que desde 2005 não é feito um concurso público para a contratação de pessoal nos Ceinfs”, explica Lilian.

Um decreto publicado no último dia 30 de novembro determina que os servidores estaduais cedidos a outros poderes, órgãos e entidades federais deverão se apresentar ao órgão de origem até o dia 17 de dezembro.

De acordo com o texto do decreto, servidores que por interesse próprio não quiserem continuar cedidos poderiam solicitar seu retorno ao órgão de origem.

“Isso cabe a todos, menos aos cedidos aos Ceinfs. Segundo o governo do Estado, eles não poderiam retornar, indo totalmente contra o decreto”, denuncia a presidente do Sindicato dos Servidores Administrativos.

O Campo Grande News entrou em contato com a Setas, mas foi informado que apenas a secretária Tânia Garib, que está em Brasília, poderia falar a respeito das cedências. Ela não vou encontrada por telefone.

Foto: João Garrigó
Foto: João Garrigó
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