Cidades

Caso de juiz que pediu asilo no Brasil será levado ao MJ

Redação | 08/07/2010 18:56

No último dia 30, o juiz criminal boliviano, Luis Hernando Tapia Pachi, pediu refúgio ao governo do Brasil, alegando sofrer perseguição política do presidente Evo Morales e também por estar com prisão decretada naquele país. O caso será levado ao conhecimento do MJ (Ministério da Justiça) e do presidente Lula, de acordo com o Diarionline.

Hoje, o desembargador do TJ/SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), Henrique Nelson Calandra, esteve com Tapia Pachi em Corumbá para conhecer o caso e dar o encaminhamento institucional a questão. Segundo ele, o encontro teve como objetivo avaliar o caso para encaminhá-lo às autoridades em Brasília (DF).

Calandra, que é membro da Flam (Federação Latino Americana de Magistrados) e da UIM (União Internacional de Magistrados), antecipou que Pachi enviará relatórios sobre o caso para essas duas instituições e, principalmente, para o ministro da Justiça [Luiz Paulo Barreto] e ao presidente Lula, além da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil).

Para a diretora da Amamsul (Associação dos Magistrados de Mato Grosso do Sul), Elisabeth Baisch, a entidade vai dar tratamento institucional às denúncias e ameaças que o juiz boliviano afirma ser vítima.

Ainda de acordo com o Diarionline, Tapia Pachi, que desde o pedido de refúgio não aparecia em público concedeu uma rápida entrevista no início da tarde de hoje. Ele não fez grandes comentários sobre o momento que vive, destacou apenas o apoio de advogados brasileiros, a preocupação com a família e a esperança de ter o pedido aceito pelo governo brasileiro.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) defende a permanência do juiz boliviano no Brasil. Caso o pedido dele seja aprovado, a medida pode evitar que o juiz volte à Bolívia, já que a Justiça de lá pode emitir uma ordem de captura internacional.

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