Capital

Vídeo mostra 50 dias de evolução do coronavírus pelas regiões de Campo Grande

Lucia Morel | 04/05/2020 17:18

Há 50 dias, a Capital confirmava os primeiros dois casos do novo coronavírus. De lá para cá, já são 140 confirmados e três mortos pela doença. Apesar de parecer lento, se comparado a outras cidades, inegável é que o vírus avança e ainda não há sinais de quando vai parar. 

Para ficar claro o avanço pelas regiões da cidade, o Campo Grande News fez uma animação com base nos mapas do Sisgran (Sistema Municipal de Indicadores), que atualiza diariamente os casos suspeitos e confirmados. Veja:


Escalada - O primeiro óbito ocorreu em 12 de abril, 30 dias depois dos primeiros casos registrados e vitimou uma idosa de 71 anos, que estava internada no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) e que segundo dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde), apresentava diabetes e problemas cardíacos.

A segunda morte ocorreu em 13 de abril, um dia após o primeiro registro e vitimou uma mulher de 63 anos que tinha histórico de câncer. A terceira e última, ocorreu neste domingo, 3 de maio, matando o dentista Patrocínio Magno Portocarrero Naveira, 74 anos, que tinha hipertensão e diabetes.

Pelos números apresentados, a média de confirmações diárias gira de quatro a sete, mas em três dias de abril, 18, 24 e 26, especificadamente, as confirmações deram saltos de 14, 12 e 15 casos respectivamente, segundo monitoramento da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), com base nos registros da SES e da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Assim, não é possível sustentar que a Capital sul-mato-grossense mantém a quantidade de confirmações de modo controlado e que não há riscos de uma evolução numérica que possa se tornar grave, e colapsar o sistema de saúde, bem como, o funerário, como se vê em algumas outras capitais.

Todo esse monitoramento é necessário para que as autoridades planejem ações, desde o fechamento de serviços, comércios e outros estabelecimentos, até sua reabertura, desde que atendidas medidas sanitárias e de biossegurança. 

Mapa do Sisgran - Uma das ferramentas que ajuda nesse objetivo é o Sisgran (Sistema Municipal de Indicadores), que já era usado para monitorar diversos aspectos de Campo Grande e que agora auxilia no acompanhamento da evolução do novo coronavírus na cidade.

Esse monitoramento pelo Sisgran começou em 29 de março, quando a Capital já registrava 36 casos confirmados e nenhum óbito. Com base nos dados disponibilizados na plataforma, o Poder Público Municipal foi verificando a evolução da doença e planejando medidas a serem adotadas. 

No sistema, há um mapa, onde pontos vermelhos indicam os casos confirmados da doença, e dia a dia, são sinalizados mais.

Também indica as regiões e bairros mais atingidos da cidade, e atualmente, é possível verificar que a região leste e centro, onde estão bairros como Maria Aparecida Pedrossian, Vilas Boas, Chácara Cachoeira, Jardim dos Estados e Santa Fé, são os com maior quantidade de confirmações.

Com o sistema foi possível verificar inclusive, quando os primeiros casos chegaram à região mais populosa de Campo Grande, a do Anhanduizinho, localizada no sudeste da Capital, onde estão bairros como o Aero Rancho e Guanandi.

Mais testes – Também ajuda nesse monitoramento de casos com vias de planejamento de ações a ampliação no número de testes disponibilizados para a população. Com o drive-thru do governo do Estado, foi possível examinar mais pessoas, já que os exames estavam restritos a casos que chegavam aos hospitais.

Desde o dia 13 de abril são feitos ao menos 50 testes todos os dias no quartel do Corpo de Bombeiros, localizado na rua 14 de Julho entre 7 de setembro e 26 de agosto. Já nesta semana, segundo o governo do Estado, serão 100 exames todos os dias para a população de Campo Grande.

Para se ter uma ideia da importância, das 1.643 notificações de covid-19 na Capital, 1.194 foram realizadas no drive-thru e 449 em unidades hospitalares ou de saúde.

Vale ressaltar que modelos matemáticos indicam que até 18 de maio, Campo Grande poderá ter 305 casos confirmados da doença, mantendo a curva ascendente, segundo a Fiocruz.

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