Capital

Vereadora coloca como "insustentável" permanência de reitora no cargo da UFMS

Luciana Brazil | 18/06/2013 16:37

A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) endureceu ontem o discurso contra a reitora da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Célia Maria Silva Correa Oliveira, depois de ouvir o depoimento da reitora na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, na Câmara dos Vereadores.

A parlamentar disse que “ficou evidenciado o esquema para desarticular o serviço de radioterapia do Hospital Universitário (HU) e transferir is atendimentos para o Hospital do Câncer”. Ela ainda frisou ser “insustentável a permanência da reitora no cargo da instituição.

“Ficou evidente que a reitoria usa de pressões e até ameaças aos funcionários públicos lotados no HU, sendo certo, que inclusive a médica física Regina Prestes sofreu ameaças graves (de morte) tendo solicitado da CPI que viabilizasse junto à Polícia Federal proteção especial”, enfatizou a vereadora.

Para Luiza, pelos depoimentos, Célia teria agido com descaso diante de denúncias.

Segundo uma funcionária do HU, o setor de radioterapia da UFMS teria ficado sem funcionar durante cinco anos porque o ex-diretor do hospital, com o aval da reitora e do vice-reitor, João Tognini, teria feito de tudo para impedir seu funcionamento.

“Houve contradições nos depoimentos da reitora e dos demais técnicos ouvidos pela CPI. Sabemos que a eleição da reitora foi marcada por protestos dos acadêmicos e técnicos. Há ilegitimidade na gestão, por isso, entendemos que a comunidade acadêmica e que o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, devem se manifestar no sentido de intervir na reitoria da UFMS, até que essas questões sejam definitivamente analisadas e sanadas”, afirmou Luiza.

Luiza, que esteve presente nas audiências, alegou ainda que “a reitora não reúne confiabilidade para manter-se no cargo. Contrariando o próprio Ministério da Saúde, a reitora permitiu que o HU interrompesse, novamente, os serviços de radioterapia, deixando pacientes sem atendimento, mesmo tendo autorização para funcionamento expedida pela Vigilância Sanitária e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN”.

Em 2012 quando foi reconduzida ao cargo de reitora, Célia Maria respondia a dezenas de processos de improbidade administrativa. À época, o MEC solicitou explicações sobre as irregularidades no processo de formação da lista tríplice e sobre as denúncias de irregularidades na administração.

Segundo a assessoria de imprensa da vereadora, no Ministério Público Federal foram abertos mais de 20 inquéritos civis públicos contra a UFMS, que vão desde nomeação irregular, acúmulo de cargos e concessão irregular de bolsas até fraude em pregões eletrônicos, desvio de verbas, superfaturamento e emissão de nota em nome da universidade em favor de empresa terceirizada.

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