Capital

Três motoristas são presos por embriaguez durante blitz de Lei Seca

Paula Maciulevicius | 12/02/2013 09:10

A blitz itinerante realizada na madrugada desta terça-feira de Carnaval em Campo Grande prendeu três motoristas por dirigirem embriagados. Durante duas horas de operação na avenida Afonso Pena, foram feitos 17 testes do bafômetro.
O foco é fiscalizar e prevenir e para isso a Ciptran (Companhia Independente de Policiamento de Trânsito) contou com 19 policiais militares, acompanhados pelo comandante geral da Polícia Militar, coronel Carlos Alberto David dos Santos e pelo comandante da Ciptran, tenente-coronel Alírio Vilassanti.

No total, a blitz multou 35 motoristas, encaminhou seis veículos para o Detran e apreendeu sete carteiras de habilitação. Dos três motoristas presos e encaminhados para a Polícia Civil, os resultados dos testes deram 0,35 mg/l, 0,36 mg/l e 0,67 mg/l.

Parte da operação foi acompanhada pelo Campo Grande News. O primeiro ponto da noite a ser fiscalizado foi no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Espírito Santo. Um dos motoristas pegos embriagados foi Douglas da Silva Ortega, de 20 anos. O resultado dele constatou 0,36 mg/L, quantidade que já caracteriza crime de trânsito.

Em entrevista ao Campo Grande News, ele disse nunca ter passado por situação semelhante e alegou ter tomado apenas meia latinha de cerveja. Mesmo sendo enfático em dizer que não estava embriagado, concordou que a lei tem que ser rígida. “Agora aprendi, não vou mais dirigir depois de beber”, disse. Além da multa de quase R$ 2 mil, Douglas só seria liberado com o pagamento de fiança.

No total, a blitz multou 35 motoristas, encaminhou seis veículos para o Detran e apreendeu sete carteiras de habilitação. (Foto: João Garrigó)
No total, a blitz multou 35 motoristas, encaminhou seis veículos para o Detran e apreendeu sete carteiras de habilitação. (Foto: João Garrigó)

Os arredores da avenida Afonso Pena também ficaram sob a mira dos policiais. Militares em motocicletas fizeram rondas pelas ruas laterais para abordar motoristas que levantassem suspeitas ou que pudessem estar fugindo da blitz.

Sobre o uso do medicamento Metadoxil que tem circulado entre as redes sociais como ferramenta para burlar e Lei Seca quando o motorista ingere bebida alcoólica, o chefe de Operações da Ciptran, tenente Rafael Ferreira Cavalcante, disse que mesmo se o condutor for submetido ao teste do bafômetro e der zero, mas estar em visível estado de embriaguez, o motorista será conduzido da mesma forma.

“Mesmo que ela se negue a fazer o teste ou não dê, e ela não estiver em condições de dirigir, será encaminhada. A nova lei ajuda neste ponto”, diz.

As mudanças na Lei Seca fecharam o cerco para o motorista. A embriaguez pode ser comprovada pelo teste do bafômetro e de acordo com a nova resolução editada em dezembro do ano passado, exames laboratoriais, vídeos ou testemunhos, também podem comprovar que o motorista dirigiu sob efeito de álcool. No entanto para a infração ser considerada crime, é preciso a comprovação por meio de exames.

Em janeiro, uma nova resolução reduziu o limite no bafômetro, que não pode ser igual ou maior que 0,05 miligramas de álcool por litro de ar. Antes, era maior: 0,1 mg/l. Se no teste, o bafômetro marcar 0,05 ou mais é infração gravíssima, multa de quase R$ 1.915,40 e o motorista tem a habilitação suspensa por um ano.

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