Capital

Travesti foi morta ao interferir em briga onde esposa espancava marido

Filipe Prado e Renan Nucci | 26/03/2015 11:44

O acusado de matar a travesti Adriana Penosa, 24 anos, com dois tiros, no Bairro Morada Verde, no dia 22 de março, foi identificado como Alysson Patrick Vieira da Rocha, 21 anos. De acordo com a polícia, ele sofria agressões da esposa, Gabriela, mas Adriana acreditou que a mulher seria a vítima da violência, então a incentivou a denunciar o autor, o que pode ter motivado o crime. Nos documentos, a travesti é identificada como Thiago da Silva Martins.

Conforme o delegado Alexandre Evangelista, da 2ª Delegacia de Polícia, um cabeleireiro, 24 anos, primo de Gabriela, estava na casa quando ela e o acusado começaram a discutir, sendo que Alysson começou a sofrer agressões da esposa. No momento em que Adriana passava em frente a casa, a mulher usou uma cadeira para bater no acusado.

Diante da cena, a travesti acreditou que Gabriela estava se defendendo do marido, então, em frente a casa, começou a incentivar a mulher a denunciar o marido por violência doméstica. “Ela começou a gritar para ele largar dela, para sair daquela vida”, comentou o delegado.

Alysson saiu de casa, pegou um carro e tentou atropelar a travesti, mas como não conseguiu, ele foi embora. Com isso, Adriana ligou para Gabriela e disse que iria denunciar o acusado, porém a mulher não permitiu e afirmou que ela estava se intrometendo na confusão. Com raiva, de acordo com o cabeleireiro, a travesti apedrejou a casa de mulher.

Gabriela chegou a ligar para a polícia para denunciar a travesti, porém não terminou a ligação.

Minutos depois, Alysson voltou para casa e, junto com seu comparsa identificado como Rafael Correia da Silva, 21 anos, foi até a casa onde estava a travesti, momento em que disparou três vezes contra a vítima, atingindo a barriga e peito.

A vítima correu para o interior da residência, onde caiu e morreu em seguida.

O cabeleireiro relatou que Alysson voltou para casa para buscar Gabriela e fugiram. Algumas horas depois, ela ligou para o primo e sugeriu que ele saísse da casa, pois a polícia estaria indo para o local, porém ele se negou. “Ela sempre arrumava um motivo para bater nele e não sei como conseguiu arma. Nunca tinha visto ela em casa”, comentou.

Segundo o delegado, os autores foram identificados e devem ter a prisão decretada até a próxima semana.

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