Capital

Sem temer fila, consumidor lotou peixarias para garantir o almoço da Sexta Santa

Consumidores dizem que peixe remete a memórias da infância e costumes familiares passados de pais para filhos

Por Idaicy Solano | 29/03/2024 11:19
Movimentação de vendas de peixe na peixaria do Mercadão Municipal de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)
Movimentação de vendas de peixe na peixaria do Mercadão Municipal de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

O peixe, prato tradicional de Sexta-feira Santa, remete a memórias da infância e tradições familiares passadas de pais para filhos e, posteriormente, para seus netos. É esta tradição que levou dezenas de pessoas às filas para garantir o item principal do almoço do feriado na manhã de hoje (29), dia de celebrar a Paixão de Cristo.

A funcionária pública Nayara Delgado, 31, levantou cedo para ir até a peixaria do Mercadão Municipal para garantir o pintado para um ensopado, enquanto o restante da família aguardava por ela em casa.

“Eu sempre fui de família católica, então já vem desde meus avós, bisavós. Minha avó é descendente de indígenas, e aí junta também com um pouco de descendência dos paraguaios, então já temos aquela tradição [de comer o peixe]”, declara. 

 Nayara conta que comer peixe na Sexta-feira Santa é tradição que vem de família (Foto: Paulo Francis)

A vendedora Ana Claudia Ojeda, 38, também deixou para garantir o prato principal do almoço de última hora, por conta da rotina corrida de trabalho. Ela conta que vai passar o feriado na casa da mãe, com o filho de 9 anos. Ela e sua família também seguem a tradição. “Hoje, em específico, é um dia muito especial, então a gente não come carne vermelha”. 

A procura também foi grande na Peixaria Rio Sul, no Bairro São Francisco. De acordo com o peixeiro Jedson Lansoni, 19, os mais pedidos pelos consumidores foram o filé e posta de pintado, costelinha desossada de pacu e pacu recheado e temperado, pronto para assar.  

Na peixaria Dona Fresca, também na região do São Francisco, quem chegou de última hora querendo garantir o peixe já assado e pronto para consumo acabou ficando sem. A loja aceitou encomendas até quinta-feira (27). Mas ainda era possível garantir o peixe fresco. 

“A gente estipulou uma reserva aí próximo a 400 peixes, então quando estourou esse número nós paramos de pegar reserva porque acima disso fica difícil atender. Hoje infelizmente já vieram muitos amigos nossos aí querendo o peixe assado, mas não foi possível, voltaram sem”, explica o proprietário Clodoaldo Rodrigues, 54. 

Clodoaldo assando peixes que clientes pediram sob encomenda para retirar na manhã de hoje (Foto: Paulo Francis)

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