Capital

Trad diz que Santa Casa tem autonomia para decidir sobre greve

Aline dos Santos e Paula Vitorino | 03/08/2012 11:55
Trad afirma que hospital tem autonomia. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Trad afirma que hospital tem autonomia. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), declarou hoje que não vai se envolver na negociação entre a diretoria da Santa Casa e os médicos cardiologistas, que suspenderam o plantão no Pronto-Socorro desde 28 de julho. “A junta administrativa tem autonomia para resolver o problema”, afirma o prefeito.

O hospital está sob intervenção do poder público desde 2005, sendo a prefeitura a gestora dos recursos repassados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O governo do Estado também compartilha a administração da Santa Casa.

Os médicos exigem que o hospital cumpra portaria do Ministério da Saúde e mantenha plantonista 24 horas. “Estão querendo o plantão presencial, que o médico fique lá 24 horas, independente se tenha paciente ou não. Hoje, o plantão é à distância. Caso chegue algum paciente, o médico é chamado”, explica Trad.

De acordo com o coordenador da cardiologia da Santa Casa, Waldir Salvi, a categoria negocia desde janeiro com a direção, mas, em junho, foi informada de que o hospital não tem dinheiro para manter plantonista 24 horas.

“O plantão já é cumprido para cirurgião-geral, anestesista, radiologista. Mas na hora da cardiologia, a Santa Casa diz que não tem dinheiro”, afirma Salvi. O plantão pode chegar a R$ 100 à hora e pode ser feito em regime de 6h ou 12h.

O coordenador explica que o plantão nunca funcionou como prevê a portaria do Ministério da Saúde. A Santa Casa também tem uma unidade coronariana, que não sofreu paralisação. Porém, o plantonista do setor deve permanecer no CTI cardíaco e, monitorar, no máximo, dez pacientes.

Conforme Waldir Salvi, a direção informou que poderia, apenas, manter plantonista durante o dia. A proposta foi recusada, porque a categoria lembra que não existe hora para se ter um infarto.

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