Capital

TJ vai decidir sobre expulsão de capitão da PM por flagrante em 2015

Prisão no Maranhão foi por posse ilegal de arma e adulteração de sinal de identificação de veículo

Aline dos Santos | 26/06/2019 07:47
Capitão durante missa de sétimo dia do filho,  jovem  foi executado. (Foto: Henrique Kawaminami)
Capitão durante missa de sétimo dia do filho, jovem foi executado. (Foto: Henrique Kawaminami)

A expulsão e perda de patente de Paulo Roberto Teixeira Xavier, capitão da PM (Polícia Militar), será decidida pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). A representação criminal com perda de posto e patente foi enviada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) ao tribunal em 16 de maio deste ano. Desta vez, o motivo foi prisão em flagrante no Maranhão, em 2015.

Xavier já havia sido preso na operação Las Vegas, de repressão à exploração de jogos de azar, no ano de 2009. O capitão chegou a ser expulso da PM, mas foi reincorporado por decisão judicial. Neste ano, voltou ao noticiário em uma tragédia familiar:o filho foi fuzilado e a suspeita é de que tenha sido por engano e que o alvo era o policial.

A apuração do Conselho de Justificação foi aberta para apurar a capacidade moral do oficial de permanecer na Polícia Militar. Em 13 de agosto de 2015, o capitão foi preso em flagrante na cidade de Bom Jardim, no Maranhão. Conforme o Boletim de Ocorrência, ele estava em atitude suspeita, fotografando agência bancária. A prisão foi por posse ilegal de arma de fogo e adulteração de sinal de identificação da caminhonete S-10 que conduzia.

A placa teve um número 6 aletrado com fita isolante, sendo transformado em 8. Desta forma, a placa da caminhonete era, na verdade, de um Etios. Análise nas fotografias mostra que o banco não aparecia em primeiro plano, tendo o policial feito outras fotos da cidade maranhense.

Na ocasião, ele disse que foi a Bom Jardim para fazer favor a um advogado, que pediu informações sobre uma fazenda da região. O objeto era verificar se havia invasores na terra.
O Conselho de Justificação decidiu que as condutas do oficial violaram valores, ética e deveres da Polícia Militar, devendo ser punido com perda de posto e patente.

Em documento de 30 de abril, o governador determinou o encaminhamento para o Tribunal de Justiça, órgão competente para julgar sobre a perda ou não do posto. O juiz substituto em segundo grau Waldir Marques abriu prazo para a manifestação da defesa de Xavier. A reportagem não conseguiu contato com a advogada do oficial.

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