TJ mantém prisão de mulher que enterrou corpo em fossa
Com o marido, Ana Flávia planejou e matou o mecânico Edson Martins em junho de 2016

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou a liberdade para Ana Flávia Ferreira Bruno, suspeita de matar a pauladas, junto com o marido, o mecânico Edson Martins da Rosa, em junho de 2016. O corpo da vítima foi encontrado apenas em fevereiro deste ano, enterrado na fossa da casa em que morava, no Portal Caiobá II.
Ana Flávia e o marido, Elizandro Aparecido Fonseca, foram presos no dia 6 de fevereiro deste ano, três dias depois do corpo de Edson ser encontrado pela polícia. O casal confessou ter planejado o crime para ficar com a casa do mecânico, localizada na Rua Astúrio Luiz Braga.
Quando preso, Elizandro assumiu a autoria do crime e afirmou que Ana Flávia não havia participado do homicídio, no entanto a justiça entendeu que ela sabia da intenção do companheiro e auxiliou na ocultação do corpo. Ainda assim, a defesa da mulher entrou com pedido de revogação da prisão preventiva da cliente.
O pedido foi enviado a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que por unanimidade negou a liberdade para Ana Flávia. O desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques defendeu a prisão preventiva da ré pela “necessidade de se estabelecer tutela à garantia da ordem pública, afetada pela periculosidade do paciente e pela repercussão social do fato”.
O desembargador defendeu ainda que a não decretação da prisão preventiva “pode representar indesejável sensação de impunidade e abalar a credibilidade do poder judiciário” e por isso negou a liberdade para a suspeita.
Caso - No dia do crime, Elizandro convidou a vítima para beber. Ele e a mulher foram a casa do mecânico e lá permaneceram até o fim do dia. Quando o homem já estava embriagado e sem reação, o suspeito o matou com pauladas na cabeça.
O casal enrolou o corpo de Edson em um colchão, ateou fogo e em seguida o jogou na fossa da casa. Os dois criminosos, que moraram com a vítima por cerca de um mês, continuaram na casa por pelo menos dois meses.
Segundo a polícia, o crime foi premeditado. Os dois respondem por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e dissimulação e ocultação de cadáver.