Capital

TJ mantém em liberdade lutador acusado de espancar vigia até a morte

Aline dos Santos | 31/08/2011 10:10
Airton está em liberdade desde 19 de julho. (Foto: Pedro Peralta)
Airton está em liberdade desde 19 de julho. (Foto: Pedro Peralta)

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) manteve em liberdade Airton Colognesi Pinheiro, de 30 anos, acusado de espancar o vigia Adelson Eloi Nestor de Almeida, de 46 anos, até a morte.

Ele está solto desde 19 de julho, quando conseguiu liminar em pedido de habeas corpus. Nesta semana, a 1ª Turma Criminal manteve a decisão. O crime ocorreu no dia 7 de julho, no posto de combustíveis Antares, Jardim Seminário, em Campo Grande.

O posto estava fechado, mas Airton entrou no local para urinar e depois sentou na mesa de sinuca. Ele foi advertido pelo vigia. A discussão virou agressão e Adelson foi espancado até a morte.

À polícia, Airton disse que primeiro o vigia o atingiu com uma barra, não sabia se de ferro ou madeira, e que ele reagiu com socos. O acusado relatou que antes do crime tinha bebido cerveja.

Um casal que passava pelo local acionou a PM (Polícia Militar) ao ver que o homem alvo das agressões já estava inerte no chão. Inicialmente, as testemunhas afirmaram que o acusado usou a barra de ferro nas agressões, mas negaram em seguida.

Porém, laudo da perícia mostra que Adelson morreu em virtude de traumatismo craniano. As agressões, compatíveis com o uso da barra de ferro, abriram rachadura de 10 centímetros na cabeça da vítima.

Ao chegar ao IML (Instituto Médico Legal), o corpo trajava além da calças jeans, dois pijamas de moletom, indicando que o trabalhador estava preparado para enfrentar a fria jornada de trabalho. O vigia deixou dois filhos adolescentes.

Airton, que é programador de computador, já praticou jiu-jítsu e boxe. Ele foi preso em flagrante. A justiça determinou fiança de R$ 10 salários mínimos, mas a defesa de Airton alegou que ele não tinha recursos e recorreu ao TJ/MS.

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