Capital

"Tigrão do PCC" era suspeito de incendiar corpo e usava identidade falsa

Denis Rodrigues foi morto durante abordagem do Batalhão de Choque nesta quarta-feira (27)

Por Gustavo Bonotto e Ana Beatriz Rodrigues | 27/03/2024 21:59
Denis Rodrigues respondia pelos crimes de homicídio, receptação, violência doméstica e roubo. (Foto: Direto das Ruas)
Denis Rodrigues respondia pelos crimes de homicídio, receptação, violência doméstica e roubo. (Foto: Direto das Ruas)

Morto durante abordagem do Batalhão de Choque da Polícia Militar, Denis Rodrigues Flores Medeiros, o "Tigrão do PCC", era investigado como suspeito pelo homicídio seguido por incêndio no prolongamento da Rua Engenheiro Paulo Frontim, estrada vicinal que liga o Jardim Los Angeles à BR-262, próximo ao aterro sanitário, em Campo Grande.

A informação foi anexada ao boletim de ocorrência que registrou a ação ocorrida nesta quarta-feira (27). Segundo informações apuradas pela polícia, Denis "[...] se vangloriava de ter cometido o ato em uma filmagem, onde aparecia colocando fogo num carro com o corpo em seu interior".

O caso aconteceu no dia 16 de março, sábado. Um Volkswagen Gol sem as placas ficou totalmente destruído com o incêndio.

À época dos fatos, o cadáver que estava no banco traseiro não havia sido identificado. Vídeo encaminhado pelo canal Direto das Ruas mostrou a reação de populares que estiveram no local. "Queimou tudo aqui, pegou fogo até no matagal".

Ainda segundo o boletim, Denis tinha mandado de prisão em aberto e era monitorado pela equipe de inteligência da corporação. Equipes foram acionadas após a informação de que ele iria praticar um crime em frente a uma agência bancária, na Avenida Bandeirantes.

Ao ser abordado, "Tigrão" tentou esconder-se atrás de um Volkswagen T-Cross, na tentativa de empunhar uma pistola 9 milímetros. No entanto, foi atingido pelos policiais e caiu sobre a calçada. Denis chegou a ser reanimado por cerca de 40 minutos, mas não resistiu aos ferimentos.

Com "Tigrão", a equipe da perícia encontrou documentos em nome de Gustavo Luis Augusto - nome falso utilizado por Denis. Os policiais foram até a casa do procurado e encontraram um fuzil e um veículo da marca Mercedes.

A reportagem apurou que Denis respondia a processos relacionados aos crimes de receptação, violência doméstica, roubo majorado e crimes de maior gravidade, como dois homicídios. O caso segue em investigação pela Depac Cepol (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário e Centro Especializado de Polícia Integrada).

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