Capital

TCE afirma que abrirá processo contra alvo do Gaeco após ser notificado

Na quarta-feira, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Campo Grande

Aline dos Santos | 25/05/2018 08:49
TCE deve abrir procedimento administrativo. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
TCE deve abrir procedimento administrativo. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Com um servidor alvo de investigação na Máfia do Cigarro, o TCE/MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) informa que não foi avisado oficialmente, mas, assim que notificada, a Corte de Contas, por meio de sua Corregedoria, abrirá procedimento administrativo para averiguação dos fatos.

Por meio de nota, o tribunal esclarece que “não foi notificado e não tem nenhuma informação oficial de investigação acerca do envolvimento do chefe da Assessoria Jurídica em operação deflagrada pelo GAECO na data de 23 de maio de 2018”. O nome não foi divulgado.

Na sequência, informa que, se aberto procedimento administrativo, será observado os princípios legais e assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

A segunda etapa da operação Oiketicus, em que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado ) investiga a ligação de policiais militares com a Máfia do Cigarro, teve como alvo servidor do TCE/MS. Na ocasião, na última quarta-feira, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Campo Grande.

Na primeira fase, realizada em 14 de maio pelo Gaeco e Corregedoria da PM (Polícia Militar), foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.

A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.

No caso de outros 12 policiais, o Gaeco buscou provas por meio de mandados de busca e apreensão. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil. Nome da operação, oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

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