Capital

Suspensão de radares vai aumentar número de acidentes, diz Marquinhos

Prefeito disse que pedidos enviados por vereadores e população vão na contramão do que determinou Jair Bolsonaro

Jones Mário e Fernanda Palheta | 15/08/2019 11:30
Trad comentou suspensão do uso de radares nas rodovias após sorteio de prêmios do IPTU (Foto: Fernanda Palheta)
Trad comentou suspensão do uso de radares nas rodovias após sorteio de prêmios do IPTU (Foto: Fernanda Palheta)

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) criticou despacho do presidente Jair Bolsonaro que determinou a suspensão do uso de radares estáticos, móveis e portáteis para fiscalização nas rodovias federais.

O gestor foi questionado se o ato poderia causar aumento no número de acidentes de trânsito. “Com certeza, absoluta. Infelizmente. O que eu mais tenho recebido dos vereadores e da população é pedido de instalação de redutores de velocidade, quebra-molas e semáforo”, disse na manhã de hoje, após sorteio de prêmios do IPTU e assinatura do regulamento do projeto Selo Verde, na Central de Atendimento ao Cidadão.

“Campo Grande a cada esquina tem um semáforo e o índice de acidente aumenta a cada mês”, completou o prefeito.

Marquinhos Trad desaprova medida instaurada pelo presidente Jair Bolsonaro (Foto: Fernanda Palheta)

A determinação de Bolsonaro para o ministério da Justiça e Segurança Pública foi publicada na edição de hoje do DOU (Diário Oficial do Estado). A medida é válida até que o ministério da Infraestrutura conclua reavaliação da regulamentação de fiscalização eletrônica de velocidade em vias públicas.

Segundo o texto, o ato pretende “evitar o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade”.

Além da suspensão, o despacho determina que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) reveja atos normativos internos que dispõem sobre a atividade de fiscalização eletrônica de velocidade em estradas federais.

Os radares fixos – instalados em postes nas margens das rodovias – não se enquadram na suspensão, uma vez que a União tem contratos vigentes com empresas que operam esses equipamentos. Bolsonaro disse na manhã desta quinta-feira (15) que não pretende renovar os vínculos.

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