Capital

Suspeitos de assalto são soltos após PM ser impedida de buscá-los em SP

Waldemar Gonçalves, com a redação | 01/01/2016 07:42
Honda Fit levado pelos ladrões foi recuperado pela polícia (Foto: Divulgação)
Honda Fit levado pelos ladrões foi recuperado pela polícia (Foto: Divulgação)

Equipe do Batalhão de Choque da Polícia Militar foi impedida, pelo comando da corporação, de deslocar-se de Campo Grande até Santo Expedito, no interior de São Paulo, para prender e conduzir a Mato Grosso do Sul dois suspeitos de um assalto e outros crimes na Capital. Segundo informações obtidas pela reportagem, a decisão revoltou as vítimas e até os policiais, já que a dupla teve de ser solta.

O roubo em Campo Grande aconteceu no começo da noite de terça-feira (29). Consta que três homens invadiram uma casa, na Vila Neusa, fizeram uma família refém por cerca de meia hora, até fugirem levando um Honda Fit, joias e aparelhos eletrônicos.

Ainda conforme informações policiais, o carro foi encontrado por homens do Choque já na madrugada do dia 31, na região do Novos Estados. Ao divulgar este desdobramento no caso, na ocasião, o grupo especial da Polícia Militar não havia informado sobre prisões ou perseguição a eventuais suspeitos.

Pela versão revelada horas depois, o Choque havia identificado o trio suspeito do roubo que, por sua vez, ao saber da possibilidade de ser preso, fugiu rumo ao estado de São Paulo. O batalhão pediu apoio à PM paulista, que conseguiu abordar dois indivíduos na cidade de Santo Expedito, na região de Presidente Prudente, oeste paulista.

Consta que os detidos em São Paulo estavam com as jóias e outros pertences roubados na casa em Campo Grande. “No entanto, foram ouvidos e liberados, pois não foram presos em flagrante”, traz relato divulgado pelo Choque.

O batalhão, ainda conforme a versão oficial, pediu autorização para ir até o município, uma viagem de 1 mil km, somando ida e volta. Mas, os PMs “não foram autorizados pelo comando da corporação a fazer as diligências”.

Por fim, o Choque garante que o trio suspeito do roubo também estaria envolvido em outros casos em Campo Grande. O relato também revela que a Polícia Civil teria tentado, sem sucesso, negociar com a corporação paulista manter as prisões.

As autoridades teriam achado que era “muito pouco para tanto” autorizar o deslocamento do Choque até o interior paulista. “A família ficou revoltada com o descaso das autoridades paulistas e com o Comando da PMMS”, informou o batalhão.

O Comando Geral da Polícia Militar, até o fechamento deste texto, não havia se manifestado a respeito.

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