Capital

Suspeitas da morte de manicure vão responder por homicídio qualificado

Alan Diógenes | 20/01/2016 19:15
Na foto, Gabriela é apontada como mentora do crime. (Foto: Pedro Peralta)
Na foto, Gabriela é apontada como mentora do crime. (Foto: Pedro Peralta)
Emilly está presa e disse que não testemunhou o assassinato. (Foto: Pedro Peralta)

As suspeitas de matarem a manicure Jeniffer Nayara Guilhermete de Moraes, 22 anos, na sexta-feira (15), Gabriela Antunes dos Santos, 22 anos, e Emilly Karoliny Leite, 19, foram indiciadas pelo crime de homicídio duplamente qualificado por emboscada e motivo torpe. Conforme o delegado responsável pelo caso, Alexandre Evangelista, Gabriela que é apontada como mentora do crime, também é indiciada por porte ilegal de arma de fogo.

Segundo as investigações, ela agiu por ciúmes de Jeniffer, após boato de que a mesma tinha reatado um romance com seu companheiro, identificado como AlissonPatrick Vieira. A Polícia Civil só não sabe se foi Gabriela que disparou os dois tiros contra a vítima.

Em depoimento, Emily disse que foi Gabriela que pegou um revólver, debaixo do banco do veículo utilizado no crime. Na residência de Gabriela também foram encontrados 3 cartuchos calibre 38.

A mãe de Gabriela disse aos policiais que ela fugiu para o Estado da Bahia. Por isso, o delegado pediu apoio a polícia de lá para encontrar a suspeita. Também acionou equipes de outros estados brasileiros, onde ele desconfia que ela possa estar.

Foi expedido mandado de prisão temporária para a Emily e Gabriela, com prazo de 30 dias. Emilly já está presa e disse que só fala em juízo.

Na tarde desta quarta-feira (20), durante coletiva de imprensa, ela falou que ficou próxima ao carro e que uma adolescente de 16 anos, que estava junto no momento, foi com Gabriela e a vítima para perto da cachoeira, onde o crime ocorreu.

“Achei que iriam apenas conversar. Vi a Gabriela pegando algo debaixo do banco do carro, mas tive medo de falar algo e morrer também, porque ela é muito ignorante. A relação dela com Alisson era de muito cíumes. Ela falava e a água parava, ele não tomava frente de nada”, contou.

A versão de Emilly foi desmentida pela adolescente, que colaborou e deu norte para as investigações. Segundo a menor, foi Emilly que testemunhou o assassinato, enquanto ela escutou os tiros, desceu do carro e começou a caminhar a pé de volta. A adolescente foi ouvida em companhia da mãe e do advogado e liberada.

O delegado Alexandre Evangelista disse que Emilly não disse isso em depoimento, apenas para os jornalistas. Ele falou que levará em conta o que ela falou e vai acrescentar as informações ao inquérito. As investigações continuam e, além das 12 testemunhas ouvidas, o delegado deve ouvir mais pessoas. 

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