Capital

Solta, mãe de bebê morta pelo padrasto se interna em clínica para dependentes

Paula Maciulevicius | 05/02/2013 12:06
Marlene ficou presa até a conclusão do inquérito da morte de Kemily. Depois da prisão, ela foi ao cemitério onde a menina foi enterrada e se internou em uma clínica. (Foto: João Garrigó)
Marlene ficou presa até a conclusão do inquérito da morte de Kemily. Depois da prisão, ela foi ao cemitério onde a menina foi enterrada e se internou em uma clínica. (Foto: João Garrigó)

A mãe da menina Kemily Romeiro Rocha, 1 ano, que morreu vítima de maus tratos no dia 18 de janeiro foi solta na última sexta-feira. Marlene Romeiro Rocha, 37 anos, estava presa desde a madrugada do crime e já tinha sido levada para o presídio feminino.

Ao sair da prisão, Marlene pediu ao filho que passasse por onde a criança foi enterrada, no cemitério do Cruzeiro. No mesmo dia, Marlene foi para uma clínica de recuperação de dependentes químicos.

Usuária de pasta-base, foi a mulher quem pediu para se tratar. Segundo a mãe dela, Conceição Romeiro Rocha, 58 anos, Marlene foi solta quando saiu o alvará, às 11h de sexta-feira.

“A tardezinha ela preferiu ir. Foi muito difícil para ela, muito doído. Ela está muito triste, abalada e decidida a mudar. Se Deus quiser ela vai mudar”, disse Conceição.

Marlene ficou presa até a conclusão do inquérito da morte de Kemily. O padrasto da menina, Francisco Gomes de Carvalho Filho, 54, confessou no dia 21 de janeiro, que pegou a criança no colo e em seguida a atirou contra o chão.

Durante depoimento na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), ele disse que a menina chorava de fome quando ele a pegou no colo, quando ela escorregou e caiu no chão. Neste momento, Kemily já apresentava sangramento, e Francisco nervoso pegou e atirou a criança contra o chão. De acordo com o laudo do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), foi comprovado que o bebê tinha três fraturas na cabeça.

Dona Conceição falou ainda que apesar de ela ser usuária de drogas, a filha nunca deixava a filha. “Estamos torcendo e dando a mão a ela. Ela disse, mãe eu não vou trazer mais a minha filha, mas em memória dela, eu quero mudar”, finalizou.

Caso - Francisco estava sozinho na residência no bairro Nova Lima, em Campo Grande, quando tudo aconteceu. A mãe havia saído da residência para pegar leite na casa da filha. Na primeira versão do depoimento, Francisco afirmou que a mãe agredia a criança. Na segunda oportunidade ele disse que Kemely caiu da cama do quarto. A criança foi socorrida no UPA do Universitário e pela gravidade, foi levada para a Santa Casa onde morreu.

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