Capital

Sócio de loja lacrada em shopping rebate acusação e questiona ação

Rafael Ribeiro | 03/02/2017 12:27
Empresário questiona o fato de sua outra loja, no Jardim dos Estados, estar funcionando normalmente (Foto: Divulgação)
Empresário questiona o fato de sua outra loja, no Jardim dos Estados, estar funcionando normalmente (Foto: Divulgação)
Benites apresenta notas fiscais de mercadorias compradas de fornecedores: "não sou importador" (Foto: Reprodução)
O empresário destaca o valor pago em impostos: "e ainda sou taxado de contrabandista" (Foto: Reprodução)

Um dos sócios da New Old Clothes negou que a loja fechada na tarde desta quinta-feira (2), durante operação contra contrabando, vendesse produtos falsificadas, conforme acusaram Polícia Civil e Procon de Mato Grosso do Sul.

Kelvyn Benites, 24 anos, disse ao Campo Grande News que apenas uma das 26 caixas apreendidas durante a ação continha produtos de sua loja, localizada no Shopping Campo Grande. “Eram roupas que estavam sem preço. Apenas isso. Não trabalho com importação, não tenho perfumes ou coisas do tipo. E reabriremos com as mesmas mercadorias que estavam no estoque quando do fechamento”, disse.

Segundo o sócio, toda a documentação necessária para rebater as acusações feitas está disponível, como notas fiscais e contratos com fornecedores, serão encaminhados às autoridades. "Temos tudo disponível e com facilidade", disse. 

A reabertura da loja, segundo Benites, pode acontecer em até dez dias. Segundo o empresário, a ausência de CNPJ (Código Nacional de Pessoa Jurídica) se deve pela burocracia e eles precisam também de um alvará de funcionamento por parte da Prefeitura para abrirem as portas.

“Estávamos em novembro e não podia pagar aluguel sem receita. Fora que íamos perder as vendas de final de ano, por isso usei o CNPJ da matriz, pára agilizar o processo diantre da burocracia que enfrentamos nesse país”, explicou o empresário.

Benites, aliás, questiona a operação e o motivo pelo qual sua loja no shopping tenha virado alvo. “Qual sentido tem isso tudo, sendo que a loja principal (o Jardim dos Estados) possuí as mesmas mercadorias, nas mesmas condições. É uma perseguição a nós”, disse.

“Comecei a vender roupas com 19 anos no porta malas do meu carro, durante os intervalos da faculdade, com um pai falido e a namorada (minha atual esposa) grávida, com medo de não conseguir sustentar meu filho que estava para nascer e não ter condições de dar estabilidade. Mas com muita vontade de dar certo”, apontou o empresário, que promete dar a volta por cima. “Aos faladores, concorrentes desleais e invejosos, desfrutem dessa pequena e medíocre oportunidade de ter algo para falar.”

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