Capital

Sindicato diz que 500 operários pararam em canteiros de obras hoje

Jéssica Benitez e Stephanie Romcy | 05/06/2013 08:57
Operários entram em greve (Foto: Pedro Peralta)
Operários entram em greve (Foto: Pedro Peralta)

Cerca de 500 trabalhadores da Construção Civil de Campo Grande aderiram à greve nesta quarta-feira e se mobilizam divididos entre diferentes regiões da Capital para engrossar o movimento. Segundo representantes da CUT/MS (Central Única dos Trabalhadores) a paralisação deve ocorrer por tempo indeterminado. A principal reivindicação é de reajuste salarial.

Ontem o presidente do Sintracom/CG (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha Neto, ratificou que todas as obras da Capital estariam paradas hoje por decisão tomada em assembleia pela categoria.

Nesta quarta-feira, os diretores do sindicato visitaram os canteiros de obras para divulgar a paralisação, munidos de panfletos com informações sobre o impasse com a classe patronal. Ontem, a expectativa era de 30 mil trabalhadores parados em Campo Grande.

Hoje de manhã, no início da mobilização, a Polícia Militar foi acionada e políciais foram mandados a todos os locais de concentração dos trabalhadores para evitar conflito e piquete que impedisse o acesso ao trabalho de operários contra o movimento.

“A movimentação está pacifica, mas no começo gerou certo tumulto por isso a PM foi acionada. Embora tenhamos poucas viaturas, vamos atender todas as regiões”, explicou o Cabo Niquéias André.

Outras cobranças, conforme relatos de trabalhadores que não quiseram se identificar, estão relacionadas às condições de trabalho precárias, pois, segundo eles, não há auxilio alimentação, nem equipamentos e material para executar as obras. No final da tarde, os grevistas devem se reunir na sede do sindicato para fazer um balanço do primeiro dia de movimento.

Patrões - Procurado pela reportagem do Campo Grande News, o Sinduscon-MS (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Mato Grosso do Sul) informou que as empresas não repassaram dados sobre a adesão á greve nos canteiros de obras da cidade. Diretores do sindicato patronal não se encontram no local no momento devido a problemas particulares e, talvez, depois das 10h algum responsável possa dar posicionamento em relação a greve.

Ontem o Sinduscon esclareceu, ainda, por meio de nota, que em nenhum momento a classe patronal encerrou as negociações e que no acumulado das recentes negociações, entre 2007 a 2012, o ganho real da categoria ficou acima da inflação, em aproximadamente 40%.

A Plaenge, maior construtora da cidade, disse que só vai se pronunciar sobre o assunto via sindicato patronal. Na MRV e Brokfield, as assessorias locais informaram que apenas diretores das sedes em Brasília e Belo Horizonte podem falar sobre a greve e esperam de lá algum posicionamento.

Salários – Para os auxiliares de serviços gerais, os patrões ofereceram piso salarial de R$ 680,00. Enquanto que os operários almejam R$ 770,00. Aos auxiliares de escritório o piso está em R$ 680,00 e a classe quer aumento para R$ 880,00.

Serventes e vigias receberam a proposta de R$ 719,00 contra os R$ 880,00 pedidos pela classe. Meio Oficial R$ 802,00 contra R$ 1.035,00. Oficial R$ 992,89 contra R$ 1.190,00. Apontador, R$ 980,00 contra R$ 1.190,00. Motorista, R$ 992,00 contra R$ 1.190,00. Aos Mestres de obras foi proposto R$ 1.500,00 contra os R$ 1.860,00 que eles reivindicam.

 

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