Capital

Sesau investe em equipes de Saúde da Família para reduzir doenças graves

Flávia Lima | 23/03/2015 12:41
Equipes visitam pacientes e desenvolvem trabalho humanizado. (Foto:Divulgação)
Equipes visitam pacientes e desenvolvem trabalho humanizado. (Foto:Divulgação)

Para reduzir a ocorrência de doenças graves, que normalmente são encaminhadas para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e para os Centros Regionais de Saúde 24 horas (CRS), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) criou 93 equipes que atuam em 37 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), atendendo 38% da população.

O trabalho é promovido pelo setor de Supervisão de Serviço de Estratégia de Saúde da Família e Agente Comunitário de Saúde (Seffacs). Cada equipe é formada por um médico, dois técnicos de enfermagem, um cirurgião dentista, auxiliar de consultório dentário, enfermeiro e em média, sete agentes comunitários, obedecendo definição do Ministério da Saúde.

Para a supervisora do Serviço de Estratégia de Saúde da Família e Agente comunitário da Saúde, Elivane Aparecida Oliveira Sandim, o trabalho de prevenção e promoção à saúde desenvolvido pelos profissionais tem efeito positivo sobre indicadores vitais como a mortalidade infantil, mortalidade global, mortalidade por cardiopatia isquêmica, mortalidade neonatal, expectativa de vida ao nascer e baixo peso ao nascer, considerando as mudanças e melhorias na qualidade de vida da população. “Desse modo, as complicações que necessitam de intervenção dos outros níveis de atenção à saúde, como os serviços de urgência (UPAs, CRS, Hospitais) são, em muitos casos, evitadas, ou reduzidas de forma significativa”, comenta

No bairro José Tavares, onde funciona a UBSF Fernando Arruda, são atendidas 2.700 famílias, totalizando 10 mil pessoas. A gerente Francisca de Arruda Torres destaca que a unidade de saúde possui duas equipes de Atenção Básica e atende 15 micro-áreas. “Este trabalho é preventivo e evita as complicações graves para os pacientes. Fazemos acompanhamento para as gestantes, diabéticos, idosos e crianças. Todos com consultas agendadas de acordo com a necessidade do Paciente. Também fazemos acompanhamentos pós-operatórios, com nossa equipe indo até as residências”, completa Francisca Arruda.

Segundo o secretário de Saúde da Capital, Jamal Salém, a Saúde da Família caracteriza-se como a porta de entrada do sistema de saúde e vem provocando um importante movimento de reorientação do modelo de atenção à saúde no SUS. “É um modelo dinamizador para a atenção básica no país. Temos como premissa uma prática diferenciada, onde a equipe de saúde e a comunidade se relacionam, criando vínculos, objetivando a busca de resultados positivos nos indicadores de saúde e na qualidade de vida da população”, destaca.

O médico Maurício Ortiz Oraniz explica que o trabalho de atenção básica do bairro Zé Tavares tem apoio dos acadêmicos de Medicina da Anhanguera/Uniderp. Os alunos estão no último ano do curso e fazem o trabalho de campo, acompanhado dos profissionais da saúde.

A rotina consiste em uma visita prévia do agente comunitário ao paciente. Em seguida os médicos estudam o caso e, se for preciso, uma assistente social vai até a residência acompanhada de uma técnica de enfermagem. Em último caso vai o médico. “Este trabalho é um modelo para o bem estar o cidadão”, frisa o médico, destacando o vinculo dos pacientes com os profissionais da saúde.

Para a técnica de enfermagem Sueli de Fátima Silva, que atua há três anos na atenção básica, o trabalho diferenciado exige atenção especial. “Buscamos a humanização e atender da melhor forma os pacientes”, afirma.

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