Capital

Sesau avalia convênio com São Julião para atendimento em ortopedia

Nadyenka Castro | 20/03/2012 16:59

O secretário Leandro Mazina diz que as conversas estão em fase inicial. Se acordo for confirmado, uma das melhorias seria nas cirurgias eletivas

Para melhorar o atendimento em ortopedia na rede pública de saúde, em especial reduzir a fila por cirurgias eletivas em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) avalia convênio com o Hospital São Julião. “Há uma conversa inicial”, fala o secretário de saúde Leandro Mazina.

O secretário explica que o São Julião é um hospital com pouca infraestrutura para o atendimento necessário em ortopedia e que está sendo conversado a possibilidade do local ser referência em cirurgias, pois a quantidade de pessoas que precisam do procedimento é alta.

Mazina ressalta que o assunto está em fase inicial de discussão e que ainda não há definições sobre o possível convênio ou contratualização. O São Julião já faz cirurgias ortopédicas para planos de saúde.

A Sesau e a Secretaria de Estado de Saúde terão que apresentar informações sobre o assunto ao MPE (Ministério Público Estadual) no dia 11 de abril, às 14 horas. Na mesma reunião, a Sesau terá que mostrar uma proposta de controle de informação sobre o paciente que é encaminhado para cirurgia ortopédica pelo CNORT (Centro Ortopédico Municipal).

Reunião- As apresentações das propostas para melhorias na área de atendimento em ortopedia pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ficaram definidas em reunião realizada nessa segunda-feira pela promotora de Justiça da Saúde Sara Francisco Silva, com representantes da Sesau, Secretaria de Estado de Saúde, Santa Casa e Hospital Universitário.

O principal assunto da reunião foi a fila de cirurgias eletivas em ortopedia. Atualmente, aproximadamente 300 pessoas esperam por um procedimento. A Sesau localizou 116 pacientes e HU (Hospital Universitário) 115.

De acordo com o MPE, o diretor suplente da Junta Administrativa da Santa Casa, Nilo Sérgio Laureano Leme, disse que o hospital vem fazendo uma média diária de 30 a 35 cirurgias de urgência e que a dificuldade maior é o espaço no Centro Cirúrgico.

Ele disse ainda que será feito consulta em 61 pacientes da demanda judicial, no final de semana, para avaliação quanto à necessidade de cirurgia e esclareceu que está em negociação com os ortopedistas para a realização dos procedimentos eletivos.

O diretor-geral do Hospital Universitário, José Carlos Dorsa Vieira Pontes esclareceu que 115 pacientes foram avaliados e atendidos pelo HU. Destes, aproximadamente 70 necessitam de cirurgia de ombro.

Na reunião foi entregue a listagem de materiais adquiridos para a realização de cirurgia de ombro e a listagem dos 25 pacientes originários de ordem judicial que serão atendidos. José Carlos informou que o médico especialista em ombro se recusa a fazer cirurgia, sob a alegação de não ser concursado para esta função.

Segundo o MPE, Dorsa disse ainda que a Santa Casa atenderá 61 pacientes da demanda judicial e o HU se comprometeu a realizar 25.

Após debates, ficou decidido que no prazo de 10 dias José Carlos realizará a oitiva do profissional médico ortopedista habilitado para cirurgia de membros superiores e/ou ombro e encaminhará o Termo de Oitiva ao MP, que avaliará os motivos da não realização dos procedimentos.

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