Capital

Sem velório, corpo de bebê de um ano vítima de maus-tratos é sepultado

Nícholas Vasconcelos | 19/01/2013 19:26
Criança apresentava hematomas na cabeça provocadas pelas agressões.
Criança apresentava hematomas na cabeça provocadas pelas agressões.

Kemely Romero Rocha, de 1 ano e 2 meses de idade, foi sepultada na tarde deste sábado (19) em Campo Grande. Vítima de maus-tratos,  a menina foi enterrada no cemitério do Cruzeiro, no bairro Coronel Antonino. O corpo foi liberado no começo da tarde e o sepultamento foi na sequencia.

A casa onde ela vivia com a mãe, Marlene Romero Rocha, 37 anos, e o padrasto Francisco Gomes de Carvalho Filho, 54 anos, foi incendiada na tarde de hoje.

Segundo a mãe de Francisco, Joacira de Carvalho Santos, 57 anos, vizinhos do casal ligaram no inicio da tarde para contar que imóvel estava pegando fogo. No terreno havia duas casas, e a que era ocupada por Marlene e Francisco ficou completamente destruída.

Para a família de Francisco, que é acusado pela morte de Kemely, o incêndio foi criminoso. O Corpo de Bombeiros esteve no local para apagar as chamas, assim como a PM (Polícia Militar) que orientou para que os familiares registrassem um boletim de ocorrência.

Os vizinhos relataram que o inquilino que ocupava o imóvel da frente se mudou pouco antes de  fogo começar, o que faz com Joacira acredite que ele tenha provocado o incêndio. No entanto, a mulher desconhece quem era o morador da outra casa.

Francisco está detido na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) desde a tarde de sexta-feira (18). Inicialmente, ele havia prestado depoimento como testemunha, mas conforme apuração da Polícia, na quinta-feira (17), ele ficou sozinho com a criança por um longo período sem a presença da mãe.Conforme apurado pela Polícia, foi ele quem informou à mãe que a criança havia caído da cama e se machucado.

A família de Marlene afirma que quem provocou a morte da criança foi o padrasto, que segundo eles, é um homem perigoso e com histórico de violência. Foi colhido pela perícia sangue de Francisco para investigação da suspeita de abuso sexual.

 

Nos siga no