Capital

Sem repasses, instituição filantrópica deve paralisar atividades

Nyelder Rodrigues | 17/04/2017 20:35

Cerca de 50 pacientes com deficiência intelectual devem ficar sem atendimento a partir desta terça-feira (18) em Campo Grande. Todos são atendidos na ACPD (Associacao Campo-grandense da Pessoa Com Deficiencia), uma das várias instituições que sofrem com problemas de falta de repasse para se manter.

A ACPD fica no bairro Coophavila 2 - localizado na região sudoeste de Campo Grande - e vai se reunir na manhã desta terça-feira (18) para repassar a situação aos pais e responsáveis pelos pacientes, que tem entre 18 e 60 anos.

"Existe um cofinanciamento federal e estadual que é repasso pela prefeitura, via secretaria municipal de assistência social, porém não recebemos desde janeiro. O problema se estende a outras instituições também", comenta a diretora da ACPD, Juliana Barbosa Lanzarini, que lamenta a situação.

"O prefeito disse precisará fazer suplementação para realizar esses pagamentos, que devem sair só em maio. Então teremos que fazer a suspensão desse atendimento porque nossa luz já foi cortada, a água e o telefone também, os salários estão atrasados", revela a Juliana sobre a precariedade.

A diretora conta que atualmente a dívida da instituições some R$ 20 mil, enquanto o repasse mensal é de apenas R$ 4.050 - o que em 12 meses somam R$ 48,6 mil, ou seja, os débitos são de 41% do total recebido por ano.

"O repasse por pessoa assistida é de cerca de R$ 80. Essa soma paga só uma parte das despesas, os funcionários e metade dos lanches. O restante a gente faz o que pode, realiza bingos, campanhas", explica Juliana.

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