Capital

Sem 13º, funcionários cruzam os braços em frente à Santa Casa

Maior hospital do Estado espera receber repasse extra para pagar 13º atrasado

Kerolyn Araújo e Ana Oshiro | 22/12/2020 08:20
Funcionários reunidos em frente ao hospital nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)
Funcionários reunidos em frente ao hospital nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Mais de 200 funcionários da Santa Casa de Campo Grande, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem, radiologia e do setor administrativo, cruzaram os braços na manhã desta terça-feira (22) em reivindicação ao pagamento do 13º salário, que está em atraso.

A primeira parcela do pagamento deveria ter sido paga no dia 30 de novembro e, a segunda, no dia 20 de dezembro. Porém, segundo o diretor-presidente da Santa Casa, Heitor Rodrigues Freire, o repasse não depende do hospital.

"O clamor é justo e entendemos. Só que não depende da gente fazer esse pagamento. Depende do recurso ser publicado no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande)", disse Heitor.

Segundo o diretor-presidente, o recurso deveria ter sido publicado na semana passada no Diogrande, mas não foi devido a um erro no texto. Então, um novo foi feito e enviado para a prefeitura e governo do Estado. "Se for publicado hoje, o pagamento só pode ser feito amanhã. Mas não tem essa previsão. Se fosse só por mim, já teria pago", ressaltou.

Reunido com os trabalhadores, o presidente do Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, explicou que a categoria passou por diversas dificuldades neste ano devido a covid-19, e que a gota d'água foi a falta de pagamento do 13º. 

Trabalhadores aguardam decisão de assembleia. (Foto: Marcos Maluf)

"Não é greve, é uma mobilização para que o pagamento saia até o final do dia. O maior problema que temos com a administração da Santa Casa é a falta de data", disse.

Por volta das 8h, o Siems, Sinterms (Sindicato dos Técnicos em Radiologia), Senalba-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul) e Sintesaúde (Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul) deram início a uma assembleia para decidir se retomarão os trabalhos ou vão continuar de braços cruzados até sair o pagamento.

Os representantes dos sindicatos também vão tentar se reunir ainda nesta manhã com o diretor-presidente da Santa Casa e com os secretários municipais da Saúde ou Finanças.


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