Capital

Contra decisão da Justiça, médicos dizem que greve está 100% garantida

Prefeitura de Campo Grande conseguiu liminar para suspender a paralisação marcada pela categoria

Yarima Mecchi e Lucas Junot | 24/06/2017 10:52
Presidente do SindMed, Flávio Freitas Barbosa (esquerda), prefeito Marquinhos Trad (direita). (Foto: Lucas Junot)
Presidente do SindMed, Flávio Freitas Barbosa (esquerda), prefeito Marquinhos Trad (direita). (Foto: Lucas Junot)

Sem notificação da Justiça sobre a suspensão da greve, os médicos da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmam que vão manter a paralisação prevista para começar na segunda-feira (26). Neste sábado (24), o presidente do SindMed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Flávio Freitas Barbosa, está reunido com o prefeito Marquinhos Trad (PSD).

A Prefeitura de Campo Grande conseguiu suspender na Justiça a greve marcada pelos médicos do município. A decisão saiu no começo da noite desta sexta-feira (23). Uma das ilegalidades apontadas pelo PGM (Procuradoria Geral do Município) para barrar a greve foi de que não foram esgotados todas as negociações entre médicos e a prefeitura. Além disso, os salários dos profissionais está em dia.

Caso a decisão não seja cumprida, foi estipulado pela Justiça uma multa diária de R$ 10 mil, que terão de sair do patrimônio pessoal do presidente do Sinmed, Flávio Freitas Barbosa, ao invés dos cofres do sindicato.

A categoria ainda não decidiu qual será a posição quando for notificada sobre o pagamento de multa por conta da paralisação, mas, segundo o presidente da categoria, "a greve está 100% garantida", disse.

Greve - Na terça-feira (20), os médicos da prefeitura anunciaram que entrariam em greve ao não conseguirem um acordo com a administração municipal. A categoria já rejeitou duas propostas de reajustes e segue sem aumento de salário.

A segunda proposta da prefeitura foi de 6% de reajuste no plantão e 30% na gratificação por desempenho. A discussão sobre o reajuste salarial já dura quase 2 meses, sendo que os médicos solicitaram aumento de 27,5%, inicialmente.

Eles alegam que o valor pedido corresponde à correção da inflação dos últimos 3 anos. No detalhamento dessa proposta, apresentado na terça, a categoria considerou a inflação de 22,94% de 1º de maio de 2014 a 29 de fevereiro deste ano, mais a inflação prevista para 2017, que é 4,15%

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