Capital

Sem chuva há 38 dias, Campo Grande tem mais de um incêndio por hora

Corporação vai colocar militares da área administrativa na rua

Anahi Zurutuza | 15/07/2016 19:15
Fogo tomou conta de área de 2 hectares na Capital nesta tarde (Foto: Alcides Neto)
Fogo tomou conta de área de 2 hectares na Capital nesta tarde (Foto: Alcides Neto)

Por conta da estiagem, que já dura 38 dias em Campo Grande, das 6h às 18h desta sexta-feira (15), os bombeiros atenderam mais de uma ocorrência de incêndio em terrenos baldios por hora. As equipes tiveram de se deslocar 19 vezes para combater a chamas em áreas verdes dentro da cidade.

De acordo com o coronel Hudson Faria de Oliveira, chefe do Comando Metropolitano do Corpo de Bombeiros, a partir da próxima semana, mais três equipes, formadas por militares que trabalham nos setores administrativos da corporação, serão colocadas na rua para ajudar no trabalho. “Já começou o período de estiagem e começamos a sentir os efeitos”.

O chefe da assessoria de comunicação dos bombeiros, coronel Robinson Moreira, explica que em outras épocas do ano, quando o tempo está menos seco, bombeiros são chamados para apagar incêndios no máximo cinco vezes ao dia. “Já são mais de 30 dias sem chuva, a umidade relativa do ar está muito baixa e está ventando bastante. Tudo isso contribui para aumentar as ocorrências. Uma fagulha, uma bituca de cigarro que cai no mato seco, pode causar um grande incêndio”.

O coronel Robinson esclareceu ainda que como choveu bastante neste ano, até o início de junho, o mato das áreas vazia cresceu muito. “Aumentou a massa de capim, aumentou a massa combustível”.

Na tarde de hoje, dois incêndios ocorreram no Tiradentes (Foto: Direto das Ruas)

Grandes proporções – Um dos incêndios mais graves começou no meio da tarde na região do Tiradentes – leste da Capital. Em poucos minutos, uma área de ao menos 2 hectares em uma chácara na rua José Nogueira Vieira, no bairro Tiradentes – região leste de Campo Grande – foi devastada.

Uma casa abandonada foi atingida pelas chamas e ficou completamente destruída. Até o início da noite, bombeiros trabalhavam no combate às chamas.

Também na tarde desta sexta-feira, a reportagem recebeu fotos de chamas em uma outra área no mesmo bairro.

Equipes extras trabalharão com abafadores e bombas costais (Foto: Alcides Neto)

Reforço – De acordo com o chefe do Comando Metropolitano, bombeiros tem hoje três viaturas grandes de combate a incêndios – duas com capacidade para 5 mil litros de água e uma com tanque de 15 mil litros –, além de cinco outros veículos com bombas menores.

As três equipes formadas por servidores administrativos vão trabalhar em caminhonetes e com abafadores, bombas costais, enxadas e pás. “Hoje, nossas guarnições estão sendo ocupadas quase na totalidade para apagar fogo em pastagem e terrenos baldios. Precisamos deixar algumas equipes livres só para incêndios urbanos”, ressalto o coronel Hudson.

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