Capital

Sem acordo, professores da Capital discutem greve na segunda-feira

Aline dos Santos | 27/10/2014 10:06
Professores fizeram protesto em frente à prefeitura no dia 14 de outubro. (Foto: Marcos Ermínio)
Professores fizeram protesto em frente à prefeitura no dia 14 de outubro. (Foto: Marcos Ermínio)

Os professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) discutem indicativo de greve na próxima segunda-feira, dia 3 de novembro. A assembleia que pode levar a paralisação da categoria será realizada a partir das 8h na ACP ( (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).

“Estamos passando nas escolas para conversar com os professores e cada escola trazer a sua posição. O sindicato não está solicitando aumento de salário, mas o cumprimento da lei de integralização do piso”, afirma o presidente do sindicato, Geraldo Alves Gonçalves.

A categoria cobra o reajuste de 8,46%, que vai elevar a remuneração por 20 horas ao piso nacional. De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

Segundo Geraldo, não há nova reunião agendada com o prefeito Gilmar Olarte (PP). “Ele sabe que há necessidade, mas estamos pedindo agenda para oficializar”, afirma. À imprensa, Olarte disse que o reajuste deve vigorar até dezembro. Uma das alternativas cogitadas para solucionar o impasse sobre o reajuste salarial dos professores era a “venda” de parte das dívidas a receber do IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).

O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

Contra o professor do ano – A relação de impasse entre a prefeitura e a ACP ganhou mais um foco de tensão na semana passada, com a publicação da Lei 5.396. A legislação institui o “Programa Municipal de Educação Professor do Ano”.

“É um acinte. É um absurdo. O diretor institui as normas e os alunos vão votar em dois professores de cada escola. É uma quebra de hieraquia”, afirma Geraldo. O prêmio para o eleito é uma pós-graduação, que já é obrigação do município.

“O professor está precisando de licença prêmio, integralização do piso, segurança no local do trabalho. Precisando de outras coisas, não um prêmio que vai dividir a escola entre bom professor e ruim professor”, diz.

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