Capital

Sem acordo, greve de administrativos da educação continua na segunda

Natalia Yahn e Antonio Marques | 01/04/2016 12:13
Arroz carreteiro foi servido para os manifestantes após protesto em frente a Prefeitura. (Foto: Antonio Marques)
Arroz carreteiro foi servido para os manifestantes após protesto em frente a Prefeitura. (Foto: Antonio Marques)

A greve dos servidores administrativos das escolas municipais e Ceinfs (Centros de Educação Infantil) vai continuar por tempo indeterminado em Campo Grande. Hoje (1°), após protesto em frente à Prefeitura e sem acordo com o Executivo em relação ao índice de reajuste salarial, a categoria decidiu finalizar a manifestação.

Mas a promessa é novas ações na segunda-feira (4), às 11 horas, quando o secretário Municipal de Governo, Paulo Pedra, afirmou que representantes do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande) serão novamente recebidos pelo prefeito Alcides Bernal (PP).
O secretário falou com os manifestantes, após gritos pedindo que Bernal recebesse a categoria. 

Bastante questionado e vaiado em vários momentos – ao falar novamente sobre a situação da Prefeitura quando a atual prefeito retomou o mandato em agosto do ano passado –, Pedra afirmou que levaria as reivindicações para análise. “Mesmo com o projeto encaminhado para a Câmara a negociação está aberta. Não posso dar retorno sem a devolutiva do prefeito e os secretários precisam analisar o impacto sob a folha”.

Enquanto isso a previsão do sindicato é de que entre 40% e 70% dos 1,8 mil servidores administrativos (que inclui merendeiras, inspetores e trabalhadores da limpeza) paralisem as atividades nas 94 escolas e 98 creches da Capital.

Como parte da manifestação o Sisem serviu almoço no estacionamento da Prefeitura, para aproximadamente 200 pessoas que estavam no local. O arroz carreteiro foi o último ato agendado do dia, pois o sindicato desistiu de manter acampamento em frente ao órgão, como tinha prometido ontem (31), no primeiro dia de greve da categoria.

Os agentes comunitários de saúde também vão manter a manifestação diária às 11h20 em frente ao Paço. O grupo afirmou que aceita o índice de reajuste proposto pela Prefeitura, mas foi excluído do projeto enviado à Câmara. “Foi um erro, porque os agentes não estão na tabela apresentada. Os trabalhadores também querem jornada de trabalho de 6 horas. Eles aceitam o reajuste, mas agora depende de correção”, afirmou o presidente do Sisem, Marcos Tabosa.

Os administrativos pedem aumento linear não escalonado de 11,6%, bolsa alimentação no valor de R$ 400 (atualmente é R$ 190) e insalubridade para algumas categorias – como cozinheiras – de 20%. 

Os servidores não aceitaram proposta de 9,57% de reajuste apresentada ontem (31) pelo prefeito Alcides Bernal (PP). As categorias 1 a 7 vão receber o reajuste integral em maio. Já para as categorias 8 a 12, o reajuste vem em duas parcelas: 7,50% em maio e 2,07% o restante em dezembro. A divisão também foi adotada para quem faz parte das categorias 13 ao 16, com 3,57% em maio e a diferença em dezembro.

Outro lado - Em resposta ao presidente do Sisen, Marcos Tabosa, a prefeitura afirma que os agentes comunitários de saúde têm reajuste de acordo com o piso nacional, e que este deve ocorrer até junho deste ano. 

Ao final do manifesto, os servidores administrativos da educação ocuparam as sombras do pátio da prefeitura para comerem arroz carreteiro (Foto: Antonio Marques)
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