Capital

Sem ação específica, Polícia conta com população para fiscalizar Luna

Nadyenka Castro | 04/05/2011 18:39

Qualquer pessoa pode denunciar

Cristhiano escondeu o rosto ao sair de delegacia onde prestou depoimento em março. (Foto: João Garrigó)
Cristhiano escondeu o rosto ao sair de delegacia onde prestou depoimento em março. (Foto: João Garrigó)

Sem ações específicas para fiscalizar se Cristhiano Luna, acusado de matar Jefferson Bruno Escobar, vai cumprir todas as determinações do TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para se manter em liberdade, a Polícia conta com a ajuda da população.

De acordo com a assessoria de imprensa da Sejusp (Secretaria de Justiça de Segurança Pública), não foi recebido nenhum ofício solicitando ação específica para este caso.

O que a Polícia irá fazer é, em caso de recebimento de denúncia, ir até o local indicado e averiguar a situação. E se for constatada infração à alguma das regras impostas, Cristhiano será preso.

De acordo com a assessoria do desembargador Manoel Mendes Carli, relator do pedido de habeas corpus que soltou Cristhiano, qualquer pessoa pode fazer denúncias à Polícia ou então encaminhá-las ao juízo responsável ou ao Ministério Público Estadual.

Em caso de flagrante, é importante o denunciante fazer imagens (vídeo e/ou foto) ou anotar nome, telefone e endereço de testemunhas.

O juiz responsável pelo processo, Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, declara que podem ser expedidos mandados de constatação sem aviso prévio.

Nestes casos, policiais e/ou oficiais de Justiça vão ao local determinado pelo juiz para averiguar se as condições impostas estão sendo cumpridas.

O caso- O bacharel em Direito é acusado de matar o segurança conhecido como Brunão em uma casa noturna de Campo Grande, na madrugada do dia 19 de março.

A vítima era segurança do local e tirou Cristhiano do interior do local após ele ter se envolvido em confusão. O réu resistiu e na calçada do estabelecimento houve uma briga entre ele e Brunão, que passou mal após receber um soco e morreu em seguida.

Em depoimento à Polícia Civil, ele chorou e disse que não tinha intenção de matar o segurança. Ele foi indiciado inicialmente por lesão corporal seguida de morte, mas, para a Polícia e para o Ministério Público Estadual, as investigações indicaram que ele quis matar Brunão, sendo então responsabilizado por homicídio doloso.

Cristhiano foi preso horas depois e só foi solto na última segunda-feira por determinação do TJ/MS, que impôs condições para a soltura. Caso descumpra alguma das regras volta à cadeia.

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