Capital

Segundo investigações, agente penitenciário teria sido morto por engano

Daniel Machado | 20/02/2015 23:45

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o agente penitenciário Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, morto a tiros em um estabelecimento penal, não era o alvo dos homens que o executaram no último dia 11 de fevereiro.

Segundo as investigações, um interno da Casa do Albergado, de 33 anos, teria ordenado a execução de outro agente penitenciário. O mandante ligou para outro preso do regime aberto para planejar o assassinato. Ao chegar no local, o atirador viu que o agente penitenciário não era o alvo, mas mesmo assim consumou o crime.

O revólver calibre 38 usado no crime foi encontrado e apreendido no estacionamento de outro interno do albergue, que fica a três quadras do local. O dono do comércio, de 44 anos, sabia do crime e também foi preso.

Conforme divulgado nesta sexta-feira (20), pela Polícia Civil, o homicídio foi esclarecido em 48 horas. Imagens das câmeras de segurança ajudaram a identificar o executor e a partir daí, a Delegacia Especializada de Homicídios (DEH) e Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras) com apoio do Serviço de Inteligência da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e chegaram aos outros cinco envolvidos. Todos presos.

As investigações apontam que dos seis suspeitos, quatro são internos do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, local onde a vítima trabalhava quando foi morta. Outro cumpria pena por tráfico de drogas e estava foragido e o último, era detento do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima.

Investigação - A apuração sobre o caso ainda não terminou. Dois inquéritos, um no Garras e outro na DEH, ainda tramitam sobre o caso, em sigilo. Por enquanto, não há indícios de envolvimento de mais pessoas.

Homicídio - O crime aconteceu por volta das 5h40 da madrugada do dia 11. De acordo com os registros das câmeras de segurança, a ação dura 12 segundos.

O autor chega de moto ao Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, na Vila Sobrinho, e atira cinco vezes contra Mendonça que junto com um colega registrava a saída dos reeducandos na portaria. Quatro disparos acertaram o alvo que não resistiu e morreu no local enquanto era socorrido pelo Corpo de Bombeiros e Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

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