Capital

Secretaria de Educação investiga assédio moral em escola cívico-militar

A situação foi denunciada à secretaria pelos profissionais que atuam no colégio

Lucia Morel e Cássia Modena | 12/06/2023 18:02
Facahada da Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias. (Foto: Redes sociais)
Facahada da Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias. (Foto: Redes sociais)

A SED (Secretaria de Estado de Educação) investiga suposto caso de assédio moral de diretores da Escola Estadual Professor Alberto Elpídio Ferreira Dias, chamada de Professor Tito, uma das quatro cívico-militares de Campo Grande e localizada no Jardim Anache.

A situação foi denunciada à secretaria pelos profissionais que atuam na escola e chegou ao Campo Grande News. Xingamentos, humilhações e ameças estão entre atitudes que são atribuídas tanto ao titular, Francisco Carlos da Silva Rojas quanto a seu adjunto, Carlos Leonardo Xavier.

Conforme o relato recebido pela reportagem, desde 2021 os supostos atos de assédio moral são cometidos, especialmente pelo diretor, conhecido como Professor Rojas que faria “piadas, humilha, maltrata e deboches de mau gosto com os profissionais”, além de criar apelidos depreciativos tanto para professores quanto para outros funcionários.

“Chama as cozinheiras de velhas e com algumas professoras faz insinuações de teor sexual e piadas humilhantes, ao ponto de profissionais saírem chorando das reuniões”, cita trecho de denúncia recebida pelo Campo Grande News, que relata também possível ameaça de demissão a profissionais que são convocados ou temporários.

Há ainda denúncia de possível abuso de poder, desta vez contra professores convocados e até alunos. O diretor teria o costume de pedir que eles façam serviços de reparos na escola em horário de planejamento e também faz esse tipo de solicitação aos alunos e os paga, mas sem autorização dos pais dos adolescentes. O tipo de serviço solicitado seria como rocas de torneiras, limpeza de fossa ou caixa de gordura e cortar gramas.  

Por fim, a denúncia diz que os diretoras não prestam contas das atividades culturais da escola, como festas juninas e outros eventos que têm arrecadação de dinheiro e teriam ainda o costume de colocar os profissionais uns contra os outros, bem como alunos.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que está ciente das denúncias e que foi aberto procedimento administrativo “para devida averiguação dos casos relatados”.

A reportagem entrou em contato com o diretor Rojas por meio das redes sociais, mas não obteve retorno. A secretaria, por sua vez, informou que “em casos como este, somente a SED se manifesta até que seja concluído o procedimento administrativo”.

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