Capital

Secretaria avalia levar sede da Guarda Municipal de volta à rodoviária velha

Titular da Sesde, Valério Azambuja afirma que mudança ocorreria junto com a sede da pasta, que terá de deixar imóvel sequestrado durante a operação Bola de Fogo

Humberto Marques e Mirian Machado | 26/02/2018 11:48
Imóvel ocupado pela Sesde pertence a investigados na operação Bola de Fogo que conseguiram o desbloqueio do bem. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Imóvel ocupado pela Sesde pertence a investigados na operação Bola de Fogo que conseguiram o desbloqueio do bem. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande vê como “grande possibilidade” o retorno da sede da Guarda Civil Municipal para o prédio da antiga rodoviária da Capital, no Amambaí. A afirmação foi feita na manhã desta segunda-feiura (26) pelo secretário municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, durante audiência na Câmara Municipal que discute o destino do antigo terminal rodoviário da cidade, que há anos aguarda por revitalização.

O retorno da Guarda Municipal para a rodoviária velha –de onde saiu em 2015– é resultado do imbróglio judicial envolvendo a atual sede administrativa da Sesde, na rua Piratininga. A pasta de Segurança Pública ocupa um imóvel que pertence a familiares do empresário Hyran Garcete, personagem central da operação Bola de Fogo, que em 2007 apurou um grande esquema de contrabando de cigarros em operação.

Acordo com a Justiça Federal previu que o imóvel (uma mansão com piscina e churrasqueira no cruzamento das ruas Piratininga e Paraíba, no Jardim dos Estados), que integrava lista de bens bloqueados dos investigados, fosse cedido à Prefeitura da Capital. Contudo, em recurso apresentado pelos réus, o Judiciário autorizou o levantamento do sequestro da propriedade, que terá de ser devolvida.

Prazo – A Sesde pleiteou prazo de 180 dias para deixar o imóvel, o que foi negado em 5 de fevereiro em decisão da 3ª Vara Federal de Campo Grande.

“É grande a possibilidade de a secretaria ir para a rodoviária velha. É nossa primeira opção”, disse Valério Azambuja. Ele destacou que a Sesde levanta neste momento qual o custo para a mudança, que incluiria, também, o comando da Guarda Municipal. “Hoje ele funciona na Sectur [Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, no Carandá Bosque], e a intenção é tentar levar os dois para o novo local”.

A mudança, porém, não deve ser imediata. O secretário informou que a prefeitura tentará fechar um contrato temporário com os donos do imóvel na rua Piratininga “para permanecermos ali até junho ou julho, até resolvermos a questão”.

Nos siga no