Capital

Saúde diz que divulga até quinta laudo sobre o cão Scooby

Veterinária irá protocolar pedido na Prefeitura para apresentar situação do cão

Paula Vitorino | 08/01/2013 11:37
Foto de Scooby quando estava sendo tratado pela veterinária Sibele. (Foto: Divulgação)
Foto de Scooby quando estava sendo tratado pela veterinária Sibele. (Foto: Divulgação)

O laudo sobre a situação clínica e novos resultados de exame de leishmaniose no cão Scooby devem ser divulgados no máximo até quinta-feira (10). O cão virou pivô da polêmica sobre tratamento de animais com a doença desde que vítimas de maus-tratos.

O laudo foi pedido pela ONG Abrigo dos Bichos e o prazo inicial para entrega era ontem. A diretora de Vigilância em Saúde da Secretária Municipal de Saúde (Sesau), Marcia Dal Fabbro, explicou que o relatório está praticamente pronto, só aguardando o resultado de um terceiro exame de leishmaniose, que foi realizado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

Os outros dois exames foram realizados pela Sesau e deram positivo, de acordo com Dal Fabbro.

Ela explicou que o laudo será encaminhado para o Abrigo e será utilizado pela Sesau. Sobre o destino do cachorro, que desde o dia 19 de dezembro está no CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), a médica esclarece que vai depender de decisão conjunta da Prefeitura e da Justiça.

O cão ganhou vários defensores e foi notícia após ser preso a uma moto e arrastado por 4 quilômetros pelo bairro Aero Rancho até o CCZ. Scooby foi diagnosticado com leishmaniose e, graças ao clamor popular, foi salvo da eutanásia, destino dos outros cães doentes.

Uma das defensoras do tratamento para a doença ao invés da eutanásia, a veterinária e ex-presidente do CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária), Sibele Cação, pediu para adotar o cachorro e manter o tratamento.

Ela informou que irá protocolar hoje na Prefeitura solicitação para que possa entregar ao novo prefeito, Alcides Bernal (PP), todos os documentos com informações sobre o caso e pedir autorização para acompanhar o tratamento do cão no CCZ.

“Não sabemos se ele está ciente de toda a situação do Scooby. Quero mostrar as fotos, vídeos e exames que mostram ele em bom estado de saúde quando estava sendo tratado”, diz.

A veterinária irá entregar um vídeo do cachorro feito dias antes dele ser levado para o CCZ. Ela também ressalta que exames feitos na época atestaram que não existia mais a presença do parasita na pele do cachorro, o que segundo a médica, indica que o cão não era mais um transmissor para o vetor.

“Mas isso precisa ser acompanhado constantemente e, claro, com a continuação do tratamento adequado”, diz.

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