Capital

Santa Casa promete pagar salários, mas reajuste não é discutido em audiência

Filipe Prado | 30/10/2014 17:00
A Santa Casa afirmou que pagará os salários, porém o reajuste não foi discutido na reunião (Foto: Alcides Neto)
A Santa Casa afirmou que pagará os salários, porém o reajuste não foi discutido na reunião (Foto: Alcides Neto)

O MPT (Ministério Público do Trabalho) realizou nesta quinta-feira (30) uma audiência de mediação entre o Sinmed (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) e a Santa Casa, que decidiu pagar, integralmente, os salários dos médicos celetistas do hospital para que uma greve não seja deflagrada. O reajuste salarial, atrasado em três anos, não foi colocado em pauta durante a reunião.

De acordo com o diretor de formação sindical do Sinmed, João Batista Botelho de Medeiros, o presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, “assumiu pagar integralmente os salários até o 5º dia útil”.

O presidente da associação revelou que todos os médicos celetistas receberão os salários, porém os prestadores de serviços receberão gradativamente. “Nós iremos pagar os demais, assim que tivermos recursos”, completou.

Já o reajuste salarial, atrasado desde 2012, conforme o sindicato, não foi assunto da audiência. O diretor do Sinmed alegou que os médicos pediram um reajuste de 20% a 22%, relativo aos três anos anteriores. Então, uma nova assembleia será realizada para discutir o assunto.

“Fazer um assembleia que seja amplamente divulgada, pois é uma deliberação séria, que gera dificuldades para o trabalhador médico e para a população. Ainda a greve não foi descartada, inclusive está deliberada”, afirmou Medeiros.

O promotor do trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes apontou que o TCA (Termo Circunstanciado Administrativo) não foi assinado, dando um prazo de dez dias para a Santa Casa consultar o conselho administrativo e “dar uma resposta”.

Um inquérito será instaurado para investigar a Santa Casa, como as empresas que prestam serviços para o hospital, “para analisar se essa forma de contratação é adequada e está dentro da regulação trabalhista”, segundo o promotor.

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