Capital

Santa Casa mantém restrições para novos pacientes por mais 12 horas

O hospital diz que por conta da superlotação o risco de desassistência é iminente

Geniffer Valeriano | 27/04/2023 18:10
Santa casa informou que pacientes podem ficar desassistidos devido à superlotação. (Foto: Divulgação)
Santa casa informou que pacientes podem ficar desassistidos devido à superlotação. (Foto: Divulgação)

No início da manhã desta quinta-feira (27), a Santa Casa de Campo Grande anunciou restrição para novos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). Inicialmente, a medida duraria até as 15h, mas o hospital informou uma prorrogação da medida por mais 12h.

Por meio de nota, a assessoria da Santa Casa informou que a restrição pode ser renovada novamente até que a situação se resolva minimamente. Ainda foi dito que mesmo estando com 74 pacientes acima da capacidade técnica no Pronto-socorro adulto, há previsão da chegada de outros 17, que estão sendo transferidos cientes das restrições e do risco da desassistência.

Apesar de não terem leitos suficientes, os novos pacientes serão recebidos e atendidos, pois os hospitais públicos ou conveniados com o SUS são obrigados por lei a não negarem atendimento.

Ainda foi informado que existem pacientes precisando de CTI e estão sendo encaminhados para a área vermelha, por falta de vaga. Tendo um aumento de dois pacientes graves na unidade. Na pediatria, há cinco bebês intubados, o local deveria ter no máximo três.

Mesmo existindo dez leitos pediátricos, a assessoria de imprensa da Santa Casa explica que não podem ser ocupados, pois foram pactuados com a prefeitura e aguardam a assinatura de um termo aditivo.

Ao todo, estão internadas 40 pessoas na área verde e 13 na área vermelha, esses locais possuem capacidade para 7 e 6 leitos, respectivamente. Sem espaço físico e leitos suficientes para atender a demanda, os pacientes estão ficando nos corredores. 

“Assim, o hospital segue sem condições técnicas para receber pacientes de forma segura. O risco de desassistência é iminente e já foi notificado às autoridades envolvidas (SESAU, MP e CRM)”, diz trecho da nota que se refere à Secretaria Municipal de Saúde, Ministério Público e Conselho Regional de Medicina.

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