Capital

Rudel diz em audiência que quem quis debateu licitação do transporte

Gabriel Neris e Mariana Lopes | 08/08/2012 16:11
Presidente da Agetran, Rudel Trindade Júnior, teve que explicar processo do edital (Foto: Mariana Lopes)
Presidente da Agetran, Rudel Trindade Júnior, teve que explicar processo do edital (Foto: Mariana Lopes)

A Câmara Municipal de Campo Grande realizou na manhã desta quarta-feira (8), audiência pública para discutir o edital de licitação do sistema do transporte coletivo de Campo Grande.

A discussão foi levantada pelo vereador e candidato a vice-prefeito, Athayde Nery (PPS), presidente da Comissão Permanente de Defesa do Consumidor. A abertura da licitação deve ocorrer no próximo dia 14 e para ter acesso ao edital, as empresas interessadas devem desembolsar R$ 3 mil.

O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade Júnior, criticou quem reclamou sobre o processo do edital. Segundo ele, no dia 7 de maio deste ano houve audiência na Escola de Governo para discutir o edital.

“A audiência foi publicada no Diário Oficial. Quem queria discutir o edital deveria ter falado aquele dia. Fizemos audiência para discutir a tarifa e também o peg-fácil”, reclamou.

Rudel afirmou que serão construídos 41 terminais de peg-fácil e mais quatro terminais de transbordo. “Vamos construir 60 quilômetros de corredores exclusivos do transporte coletivo”, completou.

O diretor-presidente da Agetran explicou todo o processo até chegar ao lançamento do edital. “O transporte coletivo tem histórico. Recebemos comunicação do Ministério das Cidades para receber R$ 280 milhões e isso dependia do nosso projeto. As empresas disseram que não tinham R$ 40 milhões para o transporte. Passaram duas condições, aumentar a tarifa ou aumentar o tempo de contrato. Decidimos romper o contrato e colocar as empresas em condições iguais para brigar na licitação. Nossa condição era que elas absorvessem a mão-de-obra”.

O presidente da Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano), João Rezende, citou que o transporte coletivo gera 2 mil empregos. “As dúvidas que surgem podem ser levantadas e a qualquer momento ser sanadas. Quem não tem informação, tem preconceito. A prefeitura e a Assetur estão se preparando para enfrentar o processo licitatório”, criticou.

Jânio Macedo, presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas em Mato Grosso do Sul, afirmou que 47 mil pessoas dependem do transporte coletivo urbano por dia.

“Por parte do consumidor, o Ministério Público (Estadual) está vigilante em relação ao fato de não ter cobrador e também pelo preço da passagem. A legalidade tem que ser cumprida e a vontade do povo atendida”, declarou o promotor Aroldo José de Lima.

Audiência Pública reuniu autoridades na Câmara Municipal de Campo Grande (Foto: Mariana Lopes)

O presidente da Assetur (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano), João Rezende, citou que o transporte coletivo gera 2 mil empregos. “As dúvidas que surgem podem ser levantadas e a qualquer momento ser sanadas. Quem não tem informação, tem preconceito. A prefeitura e a Assetur estão se preparando para enfrentar o processo licitatório”, criticou.

De acordo com Jânio Macedo, presidente do Sindicato dos Aposentados e Pensionistas em Mato Grosso do Sul, afirmou que 47 mil pessoas dependem do transporte coletivo urbano por dia.

“Por parte do consumidor, o Ministério Público (Estadual) está vigilante em relação ao fato de não ter cobrador e também pelo preço da passagem. A legalidade tem que ser cumprida e a vontade do povo atendida”, declarou o promotor Aroldo José de Lima.

Bate boca – O vereador Athayde Nery foi acusado por Carlão (PSB) de aproveitar a audiência como palanque eleitoral. “Sigo audiência há muito tempo, e ela é construída em cima do edital. Dentro do edital existem marcos regulatórios discutindo questões como a tarifa, qualidade, quilometragem, forma de fiscalização e a cobrança da prefeitura”, respondeu Nery.

“O desdobramento da audiência é uma nova reunião para que tenha olhar sobre os reflexos dessa licitação. São 20 anos da mesma empresa, e serão mais 20 anos. Existe planejamento para isso?”, questiona.

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