Capital

Ruas fechadas para prova tumultuam saída de hóspedes

Luciana Brazil | 14/10/2012 11:02
Táxi entra na contramão, entre participantes da prova, para poder levar passageiro. (Fotos: Minamar Júnior)
Táxi entra na contramão, entre participantes da prova, para poder levar passageiro. (Fotos: Minamar Júnior)

Com ruas fechadas e trânsito impedido, a 4° edição da meia-maratona da Volta das Nações, que aconteceu na manhã deste domingo, causou tumulto entre hóspedes de dois hotéis que ficam na rota do circuito.  

Das 6h30 às 8 horas da manhã, quando os clientes precisavam deixar os hotéis na avenida Mato Grosso, uma das vias da competição,  a passagem de veículos estava impedida.

Taxistas não conseguiam chegar até os estabelecimentos e, receosos em perder o voo, os passageiros ficaram tensos com a situação.

“Não tivemos informação de hóspedes que perderam o voo, mas muita gente ficou nervosa. Alguns foram com malas até a rotatória para ver se conseguiam pegar o táxi lá”, lembrou a atendente de hospedagem Luciane Letícia Souza de Jesus, 31 anos.

No ponto de táxi que fica entre os dois estabelecimentos, os taxistas presenciaram a confusão e alguns criticaram a falta de opções.

“O problema é que está sendo tirado o direito de ir e vir. Não precisava fechar as duas vias da avenida, era só fechar uma delas”, completou o taxista Fúlvio Lolli Ghetti, 38 anos.

Acostumado a fazer a corrida até o aeroporto, Fúlvio lembra que o valor é de quase R$ 40, mas com tantos desvios feitos hoje, a corrida saltou para R$ 52.

O colega Reginaldo Chavier, 48 anos, lembra que muitos hóspedes que deixavam o hotel hoje de manhã eram turistas estrangeiros e não sabiam que haveria a corrida. “Eles não tem culpa de nada, não sabiam”, destacou.

Taxistas ressaltam que tumulto foi grande logo cedo.
Mesmo precisando fazer desvio, motorista apoia a corrida.

Apesar da confusão, Reginaldo e Fúlvio conseguiram embarcar passageiros e leva-los até o aeroporto. “Todo mundo conseguiu sair, mas foi complicado”, ressaltaram.

A situação entrou na normalidade por volta das 8 horas da manhã quando o problema foi contornado e os táxis liberados sem maiores procedimentos.

 “Nós avisamos todos os hóspedes sobre a meia-maratona, alertando sobre o horário”, frisou a atendente de hospedagem.

O chefe do Serviço de Fiscalização de Trânsito da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) Carlos Guarini informou que depois de dada a largada não é possível liberar a passagem de veículos.

“A prova pode até ser desqualificada. Foi divulgado na imprensa e os hotéis eram responsáveis em avisar os hóspedes. E mesmo assim, nós contornamos a situação logo depois”.

Segundo Guarini, uma das opções seria sair mais cedo do hotel para evitar o transtorno. A avenida ficou liberada até às 6h30 da manhã.

O hotel Ibis informou que os hóspedes que deixariam o local hoje foram informados sobre a corrida, mas ainda assim não foi possível evitar o tumulto. Já o Novotel não falou sobre o assunto, alegando que para dar qualquer informação é necessária autorização da matriz da rede que fica em São Paulo, ou ainda com o gerente da unidade que não estava no local.

Motoristas: Apesar de ter que desviar do trajeto rotineiro, o engenheiro civil Carlos Araújo, 55 anos, não reclama da meia-maratona. "Para chegar em casa eu tenho que passar por aqui, mas mesmo com o transtorno, eu apoio".

Michele Melo, 31 anos, precisou fazer um desvio grande por causa das interdições e resslata que, mesmo por um bom motivo, a corrida atrapalha o trânsito.

Avenida Mato Grosso ficou fechada nos dois sentidos.
Nos siga no