Reunião tenta reverter decreto e incluir restaurantes como atividade essencial
Empresários do setor discutem com Marquinhos Trad medida para evitar fechamento das atividades aos finais de semana
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Na tentativa de reverter as novas restrições impostas pela prefeitura de Campo Grande, proprietários de restaurantes irão reunir-se com Marquinhos Trad (PSD) para incluir esses estabelecimentos como atividades essenciais, o que permitiria o funcionamento no fim de semana. A reunião está prevista para às 9h30.
O decreto que deve ser publicado hoje, para entrar em vigor de 18 a 31 de julho, prevê apenas o funcionamento de atividades essenciais durante os finais de semana, o que restringe o serviço a mercados e farmácias, por exemplo.
O presidente da Abrasel-MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Juliano Wertheimer, disse que as novas medidas impostas vão impactar diretamente em restaurantes, atividade que tem seu maior faturamento aos finais de semana. “Estabelecimento que aguardou a semana inteira para cobrir despesa vai ser penalizado”.
Segundo Wertheimer, o delivery, que será mantido pelo decreto a ser publicado, cobre apenas 20% do faturamento total.
Das atividades atingidas pelo “mini lockdown”, a Abrasel estima que a maioria dos estabelecimentos atingidos tenha como carro chefe a alimentação e está sendo penalizado por minoria.
Hoje, o prefeito divulgou vídeo sobre o decreto dando mais informações sobre as restrições. De segunda a sexta, as lojas, que atualmente têm autorização para funcionar até as 18h, devem fechar uma hora mais cedo a partir da próxima segunda-feira, com encerramento das atividades às 17h.
Em alguns serviços, como cabeleireiros, o atendimento deve ser limitado a 30%. Aos sábados e domingos, só poderão abrir aqueles estabelecimentos considerados essenciais.
“O estabelecimento que não cumprir terá as portas lacradas por três dias. Em caso de reincidência por mais sete e em nova reincidência será cassado seu alvará”, avisou o prefeito.
As medidas foram tomadas por conta do crescimento de casos da covid-19 e o recorrente desrespeito ao isolamento social e toque de recolher.