Capital

Réu por emprestar arma usada em assassinato diz que não sabia de nada

Francisco Júnior e Luciana Brazil | 30/01/2013 09:12
Jhader (camisa branca) emprestou arma para namorada cometer crime. (Foto: Luciano Muta)
Jhader (camisa branca) emprestou arma para namorada cometer crime. (Foto: Luciano Muta)

A estratégia da defesa de Jadher Leandro Rodrigues, de 21 anos, que está sendo julgado hoje pelo assassinato de Juliana dos Santos Sales, 19 anos, morta com um tiro no dia 8 de agosto de 2010 ao defender uma amiga, é provar que o rapaz não sabia que a namorada iria cometer o crime. Foi ele que emprestou a arma para a garota cometer o crime.

O julgamento é realizado na manhã desta quarta-feira (30), no Tribunal do Júri, em Campo Grande. O juiz responsável é Alexandre Tsuyoshi Ito, da 1ª Vara.

De acordo com Ricardo Trad, advogado de Jadher, o cliente não sabia que a namorada iria utilizar o revólver para matar uma pessoa. “Nossa estratégia é provar ausência de dolo. Caso o júri entenda que ouve crime tem que ser por porte de arma ou favorecimento real, já que ele ajudou na fuga da namorada”, explica o advogado. Jadher responde por homicídio doloso e corrupção de menores.

Familiares da vítima acompanham o julgamento, porém ninguém quis conversar com a imprensa. Pâmela Alves, que estava com a vítima no dia do crime e seria o alvo dos disparos, também está no tribunal. Sem dar muitos detalhes, ela disse que o homicídio foi motivado por “picuinha” e “bobeira”.

O crime aconteceu no bairro Coronel Antonino. A namorada de Jadher, na época adolescente, se desentendeu com uma amiga de Juliana. O casal foi até a casa do rapaz e pegou a arma do pai dele, que é policial militar.

Na rua atrás do posto de saúde do bairro Coronel Antonino, o casal, em uma motocicleta, encontrou Juliana e Pâmela Alves. Para salvar a amiga, que estava grávida, Juliana colocou-se na frente do disparo e acabou atingida. Ela morreu no local.

Nos siga no