Quem não pode parar, se conforma em ver partes do jogo no trabalho
Nem todos os torcedores brasileiros conseguiram sair do trabalho para assistir a segunda partida da Seleção Brasileira na Copa e quem não pode parar se conformou em ver pelos menos parte do jogo, durante o trabalho.
É o caso do gerente de posto de combustível, localizado na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua 13 de Maio, Militão Pires, de 57 anos. Dos oito funcionários, ele dispensou, no horário do jogo, apenas o responsável pela manutenção dos veículos.
“Aqui está funcionando normalmente, sete trabalhando, quatro na pista e três na conveniência”, relatou. Questionado se preferia estar em outro lugar, ele manifestou conformismo.
“Tem que trabalhar e aqui temos três televisores para acompanhar pelo menos de longe o jogo. Enfim, o jeito é se conformar”, disse.
Sobre o movimento, Militão disse que “é fraco” na hora da partida. “Um e outro vem comprar cerveja”, relatou. Para ele, o time do México é melhor e o Brasil vai perder por 2 a 0.
De plantão, o taxista Roberto Navarro, de 59 anos, também precisou se conformar em ver trechos do jogo em uma pequena televisão. “O jogo não está fácil, mas o Brasil vai ganhar, tem que ser otimista”, comentou.
Ele também declarou-se conformado. “Na estreia, assisti em casa, com a família”, lembrou. Para piorar, o movimento é pequeno. “Mas sempre tem um que precisa de última hora”, minimizou.
Na Churrascaria Moreira, os funcionários se misturaram com poucos clientes e assistiram o primeiro tempo do jogo da seleção. Lá, o clima era de concentração e de vibração nos momentos de chances de gol.
“A cozinheira começa a preparar a comida antes para a gente ficar mais tranquilo na hora do jogo”, disse o proprietário Márcio Moreira Afonso.