Capital

Quatro se tornam réus pela morte de dono de boate encontrado carbonizado

Dono de boate foi torturado e corpo foi localizado carbonizado ao lado de caminhonete

Dayene Paz | 26/01/2022 17:22
Viatura da PM no local onde a vítima foi encontrada morta com parte do corpo carbonizado (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Viatura da PM no local onde a vítima foi encontrada morta com parte do corpo carbonizado (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Almiro Cássio Nunes Orgeda Queiroz Neto, vulgo Miro, Igor Figueiró Rando, Kelvin Dinderson dos Santos, vulgo Alemão, e Marcelo Agusto da Costa Lima, se tornaram réus pelo assassinato de Ronaldo Nepomuceno Neves, 48 anos, conhecido como Brasília, dono de um a boate na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. 

O crime ocorreu em setembro de 2020. De acordo com o MPE, no dia 11, por volta das 17 horas, Kelvin foi até o estabelecimento da vítima para esclarecer sobre um furto ocorrido no dia anterior. No local, Kelvin foi amarrado e torturado pela vítima.

Após torturar Kelvin, por volta das 20 horas, Ronaldo foi até um local conhecido como "chacrinha", no Bairro Amambaí, onde estavam Almiro, Igor e Marcelo. Lá, afirmou aos três que Kelvin estava sendo torturado em sua boate e que o mataria por causa do furto em seu estabelecimento. 

Ronaldo permaneceu na chacrinha, consumindo bebidas alcoólicas com Almiro e Igor, enquanto Marcelo foi resgatar Kelvin na boate. Em seguida, ambos retornaram à chacrinha.

Depois, Ronaldo foi torturado pelo grupo. Com medo de uma retaliação, os quatro levaram Ronaldo até a cachoeira do Ceuzinho, em dois veículos, um do grupo e uma Ford Ranger da vítima. Lá, Ronaldo levou golpes na cabeça e foi esganado. Depois, teve o corpo carbonizado ao lado de sua caminhonete.

Dessa forma, o MPE entendeu que os quatro agiram para matar a vítima, com medo de uma retaliação após torturá-la.

O juiz Carlos Alberto Garcete impronunciou os acusados pelo crime de associação criminosa, mas os pronunciou por homicídio qualificado pelo emprego de asfixia e tortura. Já Almiro e Igor também foram pronunciados pelo crime de tráfico de drogas, pois na ocasião da prisão, foram encontradas porções de maconha e cocaína com eles.

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