Capital

Quatro dias depois de fechada, cratera reabre na Chaadi Scaff

Morador aponta que obra foi mal-feira e por isso problema voltou com a chuva

Paula Maciulevicius | 11/02/2013 17:37
Pronta na última quinta, a cratera aberta na rua Chaadi Scaff em dezembro do ano passado, desmoronou de novo. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Pronta na última quinta, a cratera aberta na rua Chaadi Scaff em dezembro do ano passado, desmoronou de novo. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A chuva do Carnaval nem chegou perto das últimas tempestades que Campo Grande já registrou, mas os estragos voltaram a dar às caras. Fechada na última quinta-feira, a cratera aberta na rua Chaadi Scaff com o rompimento de uma tubulação, em dezembro do ano passado, desmoronou. O trabalho de meses afundou e um buraco de meio metro por um metro reabriu neste domingo.

“Eu tinha certeza que ia arrebentar. Eles tentam consertar, mas não da forma correta. É uma total incapacidade de engenharia. Para solucionar tem que ter uma retenção lá em cima, para água que vem da rua dos Vendas”. A opinião é do administrador de empresas, Mário Thompson, 69 anos. Morador da região, ele diz que em 22 anos o problema sempre foi o mesmo jeito.

Ao analisar a reabertura da obra, ele questiona o porquê foi colocado apenas um tubo de drenagem. “O fluxo é muito grande, tinha que ser uma linha dupla, enquanto não fizerem o serviço lá em cima, qualquer medida aqui não vai adiantar”, descreve.

“Eu tinha certeza que ia arrebentar. Eles tentam consertar, mas não da forma correta", opina o administrador Mário Thompson, 69 anos. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A cratera ganhou tamanho com as fortes chuvas do início do ano e o trecho chegou a ser interditado. A Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação informou, durante a obra, que uma caixa de concreto armado foi feita para conter o volume grande de água. Na área havia a junção de dois tubos e uma caixa de gabião, sujeito à infiltração.

Nesta segunda-feira de Carnaval, o trabalho era de contenção da infiltração. “Furamos tentando identificar o problema. A água está entrando por baixo do calçamento”, explicou o titular da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação, Semy Ferraz.

Na avaliação da secretaria, a caixa estrutural de concreto permanece intacta e a infiltração atingiu apenas a parte superficial. “Vamos localizar o ponto para calafetar, refazer o aterro e o calçamento de novo”, acrescenta Ferraz.

A previsão é de que a obra seja concluída em até três dias. Segundo o secretário, o calçamento só será refeito depois que o problema for eliminado.

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