Capital

Quase 50 mil já recusaram vacina na Capital

Outras 200 mil ainda precisam receber a segunda dose

Clayton Neves e Aletheya Alves | 15/09/2021 15:59
Secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, durante agenda pública, nesta quarta-feira. (15). (Foto: Kísie Ainoã)
Secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, durante agenda pública, nesta quarta-feira. (15). (Foto: Kísie Ainoã)

Balanço da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), aponta que quase 50 mil pessoas com 18 anos ou mais não tomaram nenhuma dose da vacina contra a covid-19, em Campo Grande, o que representa 8% do total de 610 mil campo-grandenses com 18 anos ou mais, que vivem na cidade. Preocupante, o índice contraria insistentes pedidos para que a população se proteja contra a doença que já fez diversas vítimas na cidade. 

“É uma questão difícil, porque quem não se vacinou ainda é porque de fato não quer e acredita que está em uma posição tranquila. Por isso, temos feito ações de vacinação itinerante, para alcançar essas pessoas”, comenta o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho. Segundo ele, outros 200 mil campo-grandenses precisam receber a segunda dose da vacina. 

Apesar do número que ainda precisa ser batido, José Mauro lembra que 92% da população adulta já recebeu pelo menos uma dose da vacina, quando a meta imposta pelo Ministério da Saúde é de 90%. Pelos cálculos do município, é de 610 o total de moradores com 18 anos ou mais. 

“Já estamos observando o controle da pandemia, por isso, adiantamos a segunda dose e o reforço. A vida já está voltando ao normal, a gente observa que temos, inclusive, que ajustar alguns decretos”, pontua. 

Com a vacinação acelerada e perto de atingir 70% da população adulta imunizada com as duas doses, Campo Grande se vê alterando a maneira de medir os impactos da pandemia. Enquanto nos tempos mais críticos, a taxa de ocupação de leitos era o principal fato a ser considerado, agora, os parâmetros têm mudado. 

“ A taxa de ocupação de leitos já não é o mais importante até porque, houve redução dos leitos. Por isso, a comparação já não é a mesma de antes e a Prefeitura tem focado no número de testes positivos e na procura de pacientes sintomáticos por internações e óbitos”, finaliza José Mauro.

Na avaliação do secretário municipal de Saúde, a vacinação avançada em Campo Grande foi barreira para a circulação da variante Delta na Capital, mesmo após confirmações em junho e julho.

Nos siga no