Capital

Quarto envolvido em assassinato com 20 tiros se apresenta e nega crime

Suspeito disse que está morando há três meses em Bela Vista. Ele foi ouvido e liberado.

Mirian Machado | 08/04/2021 14:17
Movimentação de policiais na casa onde Luiz foi assassinado (Foto: Paulo Francis)
Movimentação de policiais na casa onde Luiz foi assassinado (Foto: Paulo Francis)

Marcelo Rodolfo das Neves Oliveira se apresentou nesta manhã (8) acompanhado de um advogado na 6ª Delegacia de Polícia Civil. Ele é suspeito de participar do assassinato de Luiz Felipe da Silva, de 22 anos no Bairro Tijuca em Campo Grande no mês passado, porém negou o crime.

Conforme o delegado Giuliano Biacio, em depoimento, Marcelo compareceu na delegacia e negou que tenha envolvimento no assassinato, com tráfico de drogas muito menos seria dono do veículo utilizado no crime, conforme foi acusado.

“Ele disse que alugava a casa onde a droga foi encontrada, porém não morava mais lá. Deixou com o Thiago, amigo dele. Disse ainda que se mudou para Bela Vista em janeiro e desde então não havia vindo à Campo Grande mais”, explicou Biacio.

Apesar do pedido de prisão preventiva, Marcelo foi ouvido e liberado, pois até o momento a prisão não havia sido expedida. De qualquer forma ele foi indiciado e responderá pela participação no crime, já que o trio preso em flagrante, Caio Cesar de Oliveira da Silva, Thiago da Silva Gomes e Fabiano Saraiva, o indicou como proprietário do carro e afirmaram que o mesmo teria autorizado o uso do veículo para a prática do crime.

Luiz Felipe foi morto na varanda da casa onde morava no Bairro Tijuca (Foto: Henrique Kawaminami)

Execução- Luiz Felipe foi assassinado com 20 tiros no dia 31 de março, por uma dupla que chegou em um carro, Fiat Uno e desceram atirando. A vítima estava sentada na varanda da residência, que segundo testemunhas, era alugada por ela para a venda de drogas.

 Uma dupla de 15 anos que estava com Luiz Felipe no momento em que foi assassinado, contou à polícia que conseguiram correr e se esconder, no momento em que os assassinos davam um “confere” para ver se a vítima estava morta.

Ainda segundo o relato dos adolescentes, Luiz Felipe estaria comprando drogas de outros fornecedores, o que era proibido pelo Chefão do Bairro. Um dos jovens ainda  chegou a relatar que em outro momento já havia sido avisado por Thiago Paixão que não era para vender drogas no local e que para matar quem desobedece não custa nem uma caixa de cerveja. 

Thiago Paixão seria o “Chefão do Bairro”. Ele está preso desde 2018 no Presídio de Segurança Máxima da Capital por tráfico de drogas e comandaria o tráfico na região do Tijuca de dentro da cadeia. 

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