Quadrilha lucrou ao menos R$ 2 milhões com contrabando
Quadrilha, com pelo menos 15 integrantes, utilizava carros considerados de alto padrão para os crimes

A organização criminosa que contrabandeava cigarros e venenos lucrou R$ 2 milhões em dois meses. A quadrilha com 15 integrantes usava carros considerados de alto padrão para a prática dos crimes sem levantar suspeitas. A investigação é conduzida pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros).
Segundo informações do delegado responsável pelo caso, Guilherme Scucuglia Cezar, os criminosos faziam uma viagem por semana e tinham 15 carros para o contrabando de cigarros e venenos. O que chamou a atenção da equipe da Polícia Civil é que a quadrilha só deixava o banco do motorista 'livre', até na parte do motor eram colocados contrabandos.
"É um grupo criminoso grande, bastante organizado e transportava produtos de contrabando, em especial, cigarros oriundos do Paraguai. Eles traziam produtos em veículos de alto padrão em comboio com vários batedores. Eram feitas viagens uma vez por semana", detalhou o delegado.

As diligências da Operação Hórus ocorreram no município de Sidrolândia, distante 71 km de Campo Grande. A apreensão dos produtos de contrabando (cigarro, venenos e pneus) foi na zona rural do mesmo município.
Em relação aos carros utilizados para os crimes, o delegado explicou, em entrevista coletiva, que ao menos 6 dos 15 tinham queixa de roubo ou furto. "Alguns deles foram identificados com sinais de identificação adulterados como placa e chassi. Os demais estão sendo analisados".
A polícia ainda não identificou os suspeitos do caso e nenhuma pessoa foi presa até o momento. Antes da abordagem da Operação Hórus, os criminosos estavam em acampamento, que funcionava de base, na zona rural de Sidrolândia. A carga encontrada foi avaliada em R$ 2 milhões, segundo o Garras.
Outro ponto que chamou a atenção da investigação envolve a hierarquia da quadrilha, que era "bem respeitada", e a forma de operação. Guilherme Scucuglia detalhou que os indivíduos "não tinham pressa para chegar aos destinos. Ao que indica, eles estavam indo para Campo Grande e transportavam os ilícitos para o Brasil inteiro".