Capital

Quadrilha furtou três bancos em 24h usando ‘pé de cabra’ e régua

Organização criminosa da Zona Leste de São Paulo era especializada em furtos a bancos

Luana Rodrigues e Amanda Bogo | 09/03/2017 17:02
Integrantes da quadrilha sendo apresentados à imprensa, durante entrevista coletiva. (Foto: Amanda Bogo)
Integrantes da quadrilha sendo apresentados à imprensa, durante entrevista coletiva. (Foto: Amanda Bogo)
Pé de cabra usado por criminosos nos furtos. (Foto: Amanda Bogo)

A quadrilha presa pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), em São Paulo, na última sexta-feira (3), furtou três agências bancárias durante apenas 24 horas, em cidades diferentes de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado Fábio Peró, que conduziu as investigações, os crimes foram praticados no dia 22 de janeiro deste ano, quando pela manhã, os criminosos furtaram uma agência em Dourados, a tarde outra em Campo Grande e a noite em Três Lagoas, sendo todas do banco Santander.

Para resgatar o dinheiro dos caixas eletrônicos, os bandidos usavam um ‘pé de cabra’ e uma régua envelopada com fita dupla face, que servia para pescar envelopes depositados no aparelho.

Antes do dia do crime, os caixas eram “preparados” pela quadrilha, que danificava a maioria dos equipamentos, para que todos os depósitos fossem feitos em apenas um deles.

À polícia, os bandidos contaram que escolhiam o banco Santander, pois tem caixas eletrônicos mais antigos, o que facilitava a ação da quadrilha.

Foram presos pela polícia, acusados de terem cometido os crimes, Álvaro Manoel Garcia, 43 anos, Andreia Helena Garcia, 45 anos, e Genivaldo Alves Monteiro, 46 anos. Outros dois integrantes da organização criminosa conseguiram fugir, sendo identificados como Alessandro Carvalho da Silva, 38 anos, e Ademir Simão, 49 anos.

O delegado não informou quanto a quadrilha lucrou com o crime, mas disse que foram localizados cerca de R$ 90 mil reais nas contas bancárias de dois criminosos.

Conforme Peró, o grupo é especializado em furtos a bancos e já teria praticado o crime em outros cinco estados do país, lucrando cerca de R$ 1,5 milhão, em apenas um ano.

Ainda de acordo com a polícia, todos os presos já tinham passagens pela polícia por furto, estelionato e até roubo a banco e sequestro. Agora eles foram indiciados por furto qualificado com arrombamento e organização criminosa.

Mais presos - Durante as investigações, os policiais identificaram outra quadrilha que teria furtado agências em Campo Grande, no dia 12 de fevereiro deste ano.

A quadrilha também era de São Paulo, no entanto não tinha nenhuma ligação com os responsáveis pelos furtos anteriores.

Segundo o delegado, Roberto Raidmann Junior, 33 anos, e Josemir Pereira de Souza, 44 anos, foram identificados, porque alugaram um carro HB20, para praticar os crimes. Ao analisar as imagens, a polícia identificou o veículo e a placa e chegou até a empresa de aluguel de automóveis, que acabou entregando o cliente.

Quem havia alugado o veículo era Roberto. Os dois foram presos em Mirassol, no interior de São Paulo, após praticarem novamente o crime em bancos locais.

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