Capital

Professores demitidos após briga com reitora são reintegrados à UFMS

Aline dos Santos | 04/04/2011 08:31
Professor denunciou perseguição. UFMS justificou que exoneração foi resultado de sindicância.
Professor denunciou perseguição. UFMS justificou que exoneração foi resultado de sindicância.

Demitidos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em dezembro do ano passado, os professores Cezar Augusto Carneiro Benevides e Nanci Leonzo, efetivos do curso de História, foram reintegrados ao quadro de servidores da universidade.

De acordo com portaria publicada hoje no Diário Oficial da União, o retorno dos professores atende à sentença emitida pela Justiça Federal. O documento, assinado pela reitora Célia Maria da Silva Oliveira, também torna sem efeito as portarias que demitiram os servidores. Cezar Augusto era chefe do departamento de História.

A demissão dos professores foi marcada por troca de acusações e denúncia de perseguição. À época, a UFMS informou, via assessoria de imprensa, que as demissões foram resultados de uma sindicância.

Conforme a universidade, a decisão foi baseada num fato que aconteceu em 2006, quando os professores providenciaram a aquisição de livros, “em desvio de finalidade do convênio Fadems (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Educação de Mato Grosso do Sul)/UFMS Vestibular 2007, sem licitação dispensa ou inexigibilidade”.

O professor doutor Cezar confirmou que comprou em meados de 2006 um acervo de aproximadamente 2,5 mil livros de uma coleção da professora Nanci Leonzo, mas que a compra foi regular.

Cezar e Nanci viveram juntos entre o fim da década de 80 e início da década de 2000. Segundo o professor, a reitora atribuía ao relacionamento um jogo de interesses para adquirir o acervo.

Os professores Cezar e Nanci, conforme a UFMS, já responderam a outros processos administrativos disciplinares, tendo recebido duas advertências e uma suspensão por 90 dias.

Perseguição – Em entrevista ao Campo Grande News, logo após a demissão, Cezar Benevides justificou que a reitora estaria agindo influenciada por professores que permaneceram por um tempo no curso de História e que há quase um ano “sumiram do mapa” alegando problemas de saúde.

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