Capital

Professores decidem segunda sobre retomada de greve na rede municipal

Flávia Lima | 21/07/2015 15:32
Professores realizam assembleia na segunda-feira para discutir os rumos do movimento que foi suspenso durante as férias. (Foto:Arquivo/Fernando Antunes)
Professores realizam assembleia na segunda-feira para discutir os rumos do movimento que foi suspenso durante as férias. (Foto:Arquivo/Fernando Antunes)

Os professores da Reme (Rede Municipal de Educação) de Campo Grande ainda aguardam uma resposta da prefeitura referente a contraproposta feita pela categoria, antes do início das férias, que começou no dia 13. Eles farão assembleia geral na segunda-feira para decidir se voltam ao trabalho ou retomam a greve na terça-feira, dia do início das aulas no segundo semestre.

Os professores reivindicam o cumprimento da lei que prevê reajuste de 13%, já a prefeitura oferece 8,5%. 

Devido ao impasse, a paralisação já havia completado 47 dias, no entanto, os professores suspenderam a paralisação durante as férias, mas antes, apresentaram à administração municipal uma nova proposta que consiste no parcelamento, em dez vezes, do índice de 13%.

Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, tanto o secretário de Administração, Wilson do Prado e o de Educação, Marcelo Salomão, haviam se comprometido em agendar uma reunião até esta quarta-feira (22) para responder a contraproposta, mas até o momento não houve contato com o sindicato.

Como as aulas retornam na próxima terça-feira (28), a categoria marcou assembleia para segunda-feira (27), com o objetivo de discutir os rumos do movimento. Conforme Geraldo Gonçalves, mesmo que a prefeitura não entre em contato, a reunião será mantida.

Consciente da perda da força do movimento grevista, o sindicalista acredita que o fato de algumas escolas ainda estarem sem aulas e outras funcionarem parcialmente, é mais prejudicial aos alunos. “Muitos pais estão tirando os filhos da rede, com medo de que eles percam o ano. O ensino para ter qualidade não pode funcionar de forma irregular”, diz.

Ele também se mostrou preocupado com o corte de pelo menos 1,6 mil professores convocados no primeiro semestre, anunciado semana passada pelo secretário municipal, Wilson do Prado. A medida visa cortar gastos da administração, que até o final de agosto espera enxugar em R$ 10 milhões a folha de pagamento dos servidores.
Além dos cortes, a suspensão de projetos educativos também é motivo de questionamento da categoria.

Durante sua posse, semana passada, Marcelo Salomão ressaltou que todos os projetos seriam avaliados e aqueles que fossem necessários seriam mantidos.

A assessoria da prefeitura foi procurada para falar sobre a crise na educação, mas não se manifestou até a publicação desta matéria. 

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