Capital

Professor foi preso ao defender colega de guarda à paisana na Câmara

Aline dos Santos e Antônio Marques | 04/08/2015 11:17
Professor, com marcas nas costas, foi preso pela Guarda Municipal. (Foto: Fernando Antunes)
Professor, com marcas nas costas, foi preso pela Guarda Municipal. (Foto: Fernando Antunes)

A agressão de um guarda municipal à paisana a uma professora teria desencadeado a confusão que levou à prisão de Marcelo Araújo, que leciona na escola estadual Joaquim Murtinho.

Conforme a versão dos manifestantes, o professor foi defender a colega identificada como Zélia Aguiar, agredida quando engrossava o grito de “vergonha”, entoado pelo público que lotou o plenário da Câmara Municipal de Campo Grande nesta terça-feira.

Com a confusão, o professor foi preso pela Guarda Municipal e levado para a 3ª delegacia de Polícia Civil, no bairro Carandá Bosque. Diretor da escola Joaquim Murtinho, Lucílio Souza Nobre afirma que acompanha o caso e que Marcelo “não arruma confusão com ninguém”.

Segundo o diretor, os guardas informaram que decidiram retirar o professor do local para evitar que a situação ficasse pior.

“Ele foi apenas defender a professora, que estava sendo agredida”, afirma a professora Luciane Fortes, que classificou a prisão como injusta. Devido à informação desencontrada, parte dos professores foi à Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), mas Marcelo está na 3ª delegacia, acompanhado por seis advogado e o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública). O guarda apontado como agressor também está na delegacia.

Nesta terça-feira, primeira sessão após o recesso parlamentar e da divulgação de denúncias da operação Lama Asfáltica, os manifestantes se dividiram entre os pró Alcides Bernal (PP), prefeito cassado em 2014; os favoráveis ao atual prefeito Gilmar Olarte (PP); e professores em greve. Os profissionais do magistério distribuíram cafezinho, que, conforme a PF (Polícia Federal), era a senha para pagamento de propina.

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