Professor foi preso ao defender colega de guarda à paisana na Câmara
A agressão de um guarda municipal à paisana a uma professora teria desencadeado a confusão que levou à prisão de Marcelo Araújo, que leciona na escola estadual Joaquim Murtinho.
Conforme a versão dos manifestantes, o professor foi defender a colega identificada como Zélia Aguiar, agredida quando engrossava o grito de “vergonha”, entoado pelo público que lotou o plenário da Câmara Municipal de Campo Grande nesta terça-feira.
Com a confusão, o professor foi preso pela Guarda Municipal e levado para a 3ª delegacia de Polícia Civil, no bairro Carandá Bosque. Diretor da escola Joaquim Murtinho, Lucílio Souza Nobre afirma que acompanha o caso e que Marcelo “não arruma confusão com ninguém”.
Segundo o diretor, os guardas informaram que decidiram retirar o professor do local para evitar que a situação ficasse pior.
“Ele foi apenas defender a professora, que estava sendo agredida”, afirma a professora Luciane Fortes, que classificou a prisão como injusta. Devido à informação desencontrada, parte dos professores foi à Depac Centro (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), mas Marcelo está na 3ª delegacia, acompanhado por seis advogado e o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública). O guarda apontado como agressor também está na delegacia.
Nesta terça-feira, primeira sessão após o recesso parlamentar e da divulgação de denúncias da operação Lama Asfáltica, os manifestantes se dividiram entre os pró Alcides Bernal (PP), prefeito cassado em 2014; os favoráveis ao atual prefeito Gilmar Olarte (PP); e professores em greve. Os profissionais do magistério distribuíram cafezinho, que, conforme a PF (Polícia Federal), era a senha para pagamento de propina.